Empreendimento que será instalado na Chácara Guanabara deve movimentar R$ 600 milhões em cinco anos
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Bertaiolli cumprimenta o empresário Giuseppe Gozzi em evento. Grupo investirá na instalação do maior núcleo industrial de Mogi
O bairro Chácara Guanabara, no distrito do Taboão, terá o maior núcleo industrial de Mogi das Cruzes. Ao longo dos próximos cinco anos, o local receberá investimentos de R$ 600 milhões. O terreno de 500 mil metros quadrados, 273 mil deles de construção, está localizado às margens da rodovia Presidente Dutra, no limite com a cidade de Guararema, e terá capacidade de receber até 20 indústrias. Toda a infraestrutura necessária ficará a cargo do Grupo Gozzi Participações Ltda., proprietário da área, adquirida em 2000.
O projeto, batizado como Núcleo Industrial Logística, foi anunciado na tarde de ontem no gabinete do prefeito Marco Bertaiolli (PSD) e contou com a presença de empresários mogianos e representantes do Sindicato dos Metalúrgicos e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).
Serão quatro blocos em condições de receber indústrias em geral e ligadas ao setor de logística. Para efeito de comparação, o empreendimento terá quatro vezes o tamanho do Mogi Shopping. A incorporada responsável pela iniciativa vai oferecer todas as condições para que a companhia interessada alugue o local. Existe a possibilidade dos blocos serem desmembrados em lotes de 2,5 mil m² ou dependendo do tamanho da indústria poderá ocupar toda a extensão. Os blocos terão tamanhos diferentes. O de número 1, o maior, está dimensionado para ter quase 100 mil m².
Antes mesmo de iniciar os trabalhos de estruturação, o grupo de empreendedores acredita que entre 10 mil e 15 mil empregos diretos e indiretos deverão ser criados. Quatorze empresas já estão cadastradas para iniciar as atividades assim que o novo núcleo industrial estiver apto. Além disso, o próprio trabalho de edificação dos blocos deverá consumir cerca de dois mil operários.
De acordo com o arquiteto que desenvolveu o projeto, José Gozzi, da Walled Incorporada, um das sete empresas que formam o Grupo Gozzi, até o final de fevereiro o canteiro de obras será montado. "Com o alvará entregue hoje (ontem) conseguiremos as licenças ambientais", disse o arquiteto. Ele explicou que a cidade foi escolhida para receber o empreendimento "por estar na rota do desenvolvimento e pela localização privilegiada, próximo do aeroporto, do Rio de Janeiro e ao lado de uma rodovia e do futuro Rodoanel".
O diretor-presidente do grupo, Giuseppe Gozzi, se emocionou ao citar o período curto que a Prefeitura de Mogi resolveu as pendências do terreno. "Fiquei surpreso em saber que temos amigos aqui em Mogi", disse com a voz embargada.
Bertaiolli frisou que "a cidade estava carente de um ambiente correto para receber novas empresas e novos produtos"..
O secretário municipal de Planejamento, João Francisco Chavedar, e os empresários donos da área trabalhavam há mais de três anos para viabilizar a obra, uma vez que havia uma série de empecilhos administrativos, fiscais e ambientais. Um deles era o fato de o local ter dupla tributação, tanto de Mogi como de Guararema. Os entraves foram solucionados e os 500 mil m² passaram a pertencer a Mogi. Na prática, isso significa que a administração municipal vai aumentar o volume de impostos arrecadado.
Fonte:Mogi News
