quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Dedo-duro Advogado pede nova suspensão de radar


José Carlos de Souza, que denunciou as primeiras irregularidades no equipamento, argumentou que existem outros problemas na fiscalização
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Radar dedo-duro está instalado na rodovia Mogi-Bertioga e é motivo de polêmica desde 2010
Um dos primeiros a denunciar as irregularidades do radar dedo-duro da rodovia Mogi-Bertioga (SP-98), que motivaram a Justiça a pedir o desligamento do aparelho até que os problemas fossem resolvidos, o advogado mogiano José Carlos de Souza, o Charutinho, volta a solicitar a suspensão das atividades do equipamento. 
Segundo ele, o radar identifica o veículo que está acima da velocidade pelos dados inseridos na placa da frente, sistema que impossibilita a fiscalização de motocicletas. Ele elaborou um ofício e encaminhou ao Ministério Público (MP) de Mogi das Cruzes informando que, "apesar de haver irregularidades, o radar instalado no km 58,6 na rodovia foi autorizado a voltar a funcionar, vindo a flagrar o veículo apenas pela frente, deixando de flagrar motos, situação que evidencia desvio da finalidade, perdendo o propósito de oferecer segurança". Ele considera que "o equipamento continuará a prejudicar os motoristas, inclusive de outros municípios, já que ele está instalado entre cinco lombadas eletrônicas em um espaço de dois quilômetros. É um absurdo e demonstra que o único intuito é arrecadar recursos", afirmou Charutinho.


Para o advogado, "a obrigação do estudo técnico para a instalação do radar é obrigatório e sem a apresentação ele deve ser suspenso definitivamente no quesito de multar por excesso de velocidade, ficando apenas apto a flagrar veículos com documentações irregulares". O limite de velocidade no trecho é de 50 km/h.


O dedo-duro foi reativado no dia 27 de dezembro de 2011, após a Justiça determinar a suspensão das multas por excesso de velocidade aplicadas entre 11 de novembro de 2010 e 13 de maio de 2011. A decisão foi motivada por uma ação civil pública movida pelo MP. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da cidade foi a responsável por acionar os promotores. Contudo, as irregularidades só vieram à tona por meio de denúncias feitas por Charutinho ao Mogi News.


Fonte:Mogi News