José Carlos de Souza, que denunciou as primeiras irregularidades no equipamento, argumentou que existem outros problemas na fiscalização
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Radar dedo-duro está instalado na rodovia Mogi-Bertioga e é motivo de polêmica desde 2010
Um dos primeiros a denunciar as irregularidades do radar dedo-duro da rodovia Mogi-Bertioga (SP-98), que motivaram a Justiça a pedir o desligamento do aparelho até que os problemas fossem resolvidos, o advogado mogiano José Carlos de Souza, o Charutinho, volta a solicitar a suspensão das atividades do equipamento.
Segundo ele, o radar identifica o veículo que está acima da velocidade pelos dados inseridos na placa da frente, sistema que impossibilita a fiscalização de motocicletas. Ele elaborou um ofício e encaminhou ao Ministério Público (MP) de Mogi das Cruzes informando que, "apesar de haver irregularidades, o radar instalado no km 58,6 na rodovia foi autorizado a voltar a funcionar, vindo a flagrar o veículo apenas pela frente, deixando de flagrar motos, situação que evidencia desvio da finalidade, perdendo o propósito de oferecer segurança". Ele considera que "o equipamento continuará a prejudicar os motoristas, inclusive de outros municípios, já que ele está instalado entre cinco lombadas eletrônicas em um espaço de dois quilômetros. É um absurdo e demonstra que o único intuito é arrecadar recursos", afirmou Charutinho.
Para o advogado, "a obrigação do estudo técnico para a instalação do radar é obrigatório e sem a apresentação ele deve ser suspenso definitivamente no quesito de multar por excesso de velocidade, ficando apenas apto a flagrar veículos com documentações irregulares". O limite de velocidade no trecho é de 50 km/h.
O dedo-duro foi reativado no dia 27 de dezembro de 2011, após a Justiça determinar a suspensão das multas por excesso de velocidade aplicadas entre 11 de novembro de 2010 e 13 de maio de 2011. A decisão foi motivada por uma ação civil pública movida pelo MP. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da cidade foi a responsável por acionar os promotores. Contudo, as irregularidades só vieram à tona por meio de denúncias feitas por Charutinho ao Mogi News.
Fonte:Mogi News