quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Atendimento Cresce procura pelo Conselho Tutelar


Conselheiro alerta: Mogi precisa de local para atender e prevenir a dependência química de adolescentes
Luana Nogueira 
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Sueli: vagas em creche
O Conselho Tutelar de Mogi das Cruzes registrou um aumento de 22% na procura pelo atendimento nas duas unidades na cidade. Em 2010, 588 novos protocolos foram abertos no conselho da área central; no ano passado, foram 766 requisições. Já no conselho de Brás Cubas foram 470 prontuários em 2010 e 600 em 2011. Segundo informações dos conselheiros, os principais casos que chegam ao Conselho Tutelar se referem a vagas em creche; o segundo lugar é dividido entre maus tratos e saúde. 
Hoje atuam na cidade dez conselheiros tutelares que atendem os casos de violação de direitos que chegam ao órgão. A conselheira Sueli Moreti, que trabalha na unidade do centro, divulgou que os casos que mais recebe são os relacionados à falta de vagas em creches. "Acreditamos que este número aumentou por causa da informação que chega à população. Todos sabem que é direito da criança ter acesso às creches, por isso, as pessoas vêm nos procurar", explicou. 
Ela acrescentou que a dificuldade em ter acesso a atendimento especializado em saúde é outro ponto de reclamação dos pais. "Quando estes casos chegam para nós é sinal de que não houve o atendimento de especialidades médicas", destacou. A violência doméstica e o abandonado vêm seguidos no ranking de atendimento. "Os cinco abrigos existentes na cidade estão lotados. As crianças são colocadas nestes locais apenas quando se esgotaram todas as tentativas com a família, com parentes ou família substituta", esclareceu a conselheira.


Marcelo de Oliveira Moreira, presidente do Conselho Tutelar de Brás Cubas, avaliou que os casos de maus tratos que chegam à unidade do distrito são, em sua grande maioria, de agressão. "Recebemos casos de agressão física e de negligência como abandono de incapaz. Recebemos ainda muitos casos de abuso sexual, que são encaminhados para o Centro de Referência Especializado da Assistência Social, por se tratar de uma violência de média complexidade", informou.


Ele destacou que questões envolvendo o uso de drogas também são comuns no Conselho Tutelar. "Mogi precisa de um lugar que atenda e previna a dependência química de crianças e adolescentes. Estamos entrando em contato com a Defensoria Pública para pedir este atendimento na cidade", ressaltou. Moreira acrescentou que o principal desafio enfrentado pelo hoje é a integração com outras entidades da cidade. "Precisamos que as políticas públicas estejam interligadas com vários setores para fazermos um atendimento melhor", destacou.




Fonte:Mogi News