Especialistas estimam que o valor metro quadrado no bairro aumente, podendo chegar a R$ 4 mil em breve
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
A área imobiliária localizada no entorno do Mogi Shopping será valorizada por causa das obras de expansão do centro de compras, que também ganhará três torres: duas comerciais e uma residencial
As obras de expansão do Mogi Shopping anunciadas no fim do ano passado mal começaram e especialistas explicam que elas podem afetar consideravelmente o mercado imobiliário. É o que o estimam corretores e donos de imobiliárias de Mogi das Cruzes. A projeção feita por eles é de que a partir da ampliação do centro de compras, inclusive, com a instalação de um conjunto de três torres (duas comerciais e uma residencial) pela Helbor Empreendimentos, o valor do metro quadrado na região do Socorro e bairros adjacentes aumente, de forma a equiparar ou até superar alguns imóveis da região mais nobre da cidade, a Vila Oliveira ou até do condomínio luxuoso Real Park. Nestas regiões, segundo levantamento feito pelo Mogi News junto às imobiliárias, o metro quadrado é comercializado, em média, em torno de R$ 4 mil.
No caso de uma mansão com quatro suítes, sauna, bar, escritório, piscina e churrasqueira, distribuídos em um terreno de 1.700 metros quadrados, o imóvel está avaliado em R$ 7 milhões.
Entretanto, com o lançamento do Helbor Concept, empreendimento que será construído na área do estacionamento frontal do Mogi Shopping, acredita-se que este valor estará superado em questão de meses. Um levantamento prévio feito pela Eduardo Gomes, uma das imobiliárias responsáveis pelo cadastramento de interessados no empreendimento, indica a possibilidade de comercialização de cada metro quadrado dos apartamentos da Helbor (seja comercial ou residencial), entre R$ 6 mil a R$ 8 mil o metro quadrado. Um salto de 100% na valorização imobiliária na cidade. "Com um empreendimento novo, voltado para um público mais elitizado, a tendência é que os imóveis no entorno e até bairros adjacentes sejam valorizados", destaca Everealdo Gomes, sócio-proprietário da Eduardo Gomes.
Segundo ele, hoje, em média, o metro quadrado no Socorro e Estância custa em média de R$ 2 mil. "No caso de um apartamento de 100 metros quadrados, a venda está em R$ 200 mil e, após essas obras e até algumas melhorias viárias, a possibilidade de comercialização deste tipo de imóvel deve dobrar e até triplicar nos próximos anos" diz Gomes.
O sócio dele, que empresta nome à imobiliária, tem ao menos 800 pessoas que já se cadastraram como compradores em potencial dos apartamentos das torres da Helbor. Ao todo, devem ser vendidas 472 unidades.
Por conta disso, Everealdo orienta os donos de casas e apartamentos do Socorro, Estância, Alto Ipiranga, Centro e Vila Suíssa, em César de Souza, a liquidar as dívidas ou aguardar um pouco mais antes de vender os seus imóveis.
Nestas regiões, o metro quadrado de área construída varia de R$ 500 a R$ 1,5 mil. "É preciso ver como se comportará o mercado com a oferta destes espaços. Se for um imóvel financiado o ideal, se possível, é quitar para não pagar mais caro depois", pondera.
Célia Ikari, da Roberto Najar Imóveis, aposta na valorização do Parque Monte Líbano e centro de Mogi, que tem metro quadrado de estabelecimento construído de até R$ 3 mil. "São áreas de grande enfoque e perfil comercial e deste ponto de vista, pode ter mais procura e se tornar ainda mais caros", ressalta.
Crescente
Estudo feito pela Geoimovel Tecnologia e Informação Imobiliária, uma espécie de mapeamento online, atualizado mensalmente, de todos os empreendimentos lançados nas principais cidades do País indicou um crescimento de 55% na valorização dos imóveis mogianos.
Desde 2008 foram lançados 68 empreendimentos e 10,9 mil novas unidades em Mogi das Cruzes. Em 2011, de acordo com o levantamento, o mercado imobiliário já anunciou a construção de 1.613 imóveis na cidade.
Fonte:Mogi News
