domingo, 22 de janeiro de 2012

Favela do Cisne Prefeitura destrói barracos


Imóveis demolidos pertenciam às 15 famílias que agora estão morando em apartamentos
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Jorge Moraes

Barracos são destruídos para evitar novas ocupações na favela; famílias vão para moradias decentes
Em uma força-tarefa realizada na manhã de ontem, a Prefeitura de Mogi das Cruzes demoliu 18 barracos construídos na Favela do Cisne. Ao todo, 23 caminhões foram utilizados para remover entulhos da área, o que deve evitar novas ocupações. Já a retirada das famílias da encosta na Vila Oroxó, onde há risco iminente de deslizamento, ficou para amanhã, já que os moradores concordaram em sair dos imóveis, mas pediram mais tempo para encontrar outras casas de aluguel. 
Equipes da Secretaria de Segurança, Serviços Urbanos e Assistência Social estavam desde as 7 horas na encosta da Vila Oroxó. Das 36 famílias que devem deixar o local, 11 viviam em áreas de grande risco de deslizamento. Quatro famílias já saíram e outras sete devem se mudar amanhã. Se não cumprirem o acordo feito com a Prefeitura de Mogi, a administração municipal poderá recorrer a uma liminar para retirar os moradores judicialmente. 
O secretário de Segurança, Eli Nepomuceno, informou que as negociações com as famílias avançaram. "Elas entendem que devem sair porque correm risco. Mas como solicitaram mais tempo para conseguirem outra casa para morar, estendemos o prazo até segunda-feira. Estamos monitorando diariamente a área e até demos algumas instruções para os próprios moradores identificarem certa movimentação de terra", comentou. 
Os serviços então foram concentrados ontem na Favela do Cisne. As equipes da Prefeitura trabalharam durante todo o dia na destruição dos barracos e na retirada dos entulhos. Os antigos barracos pertenciam às 15 famílias que estão morando em apartamentos do programa habitacional do governo federal Minha Casa, Minha Vida, nos condomínios Jundiapeba VI e VIII. 
Outras 23 aguardam a entrega dos empreendimentos Jundiapeba I e III, que devem ser liberados em meados de fevereiro. "O prédio já está pronto, nós só tivemos um atraso na documentação por parte da Caixa Econômica Federal, mas estes documentos já estão sendo processados em cartório, e devem ficar prontos em fevereiro", comentou a coordenadora de Habitação da Prefeitura de Mogi, Dalciani Felizardo. 
A chuva não dá trégua e o nível do rio Tietê já ultrapassou seu limite para transbordamento, que é de 3,60 metros. Atualmente, segundo medição do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), o volume chega a 3,90 metros e atinge ruas e casas na várzea.


Fonte:Mogi News