sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Controle Cães e gatos devem ser "chipados"


Projeto prevê que animais recebam, obrigatoriamente, um microchip com identificação e outras informações
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Leite: "A ideia é que essa identificação passe a ser obrigatória"
Os 80 mil cães e gatos que vivem em Mogi das Cruzes devem receber um microchip que conterá informações sobre o animal e seu dono. Esta é uma das questões de um projeto de lei elaborado pela Câmara Técnica de Bem Estar Animal. A medida só será adotada se o projeto for aprovado. A ideia é que o texto final seja apresentado na primeira semana de fevereiro. Entre outros assuntos discutidos está o controle reprodutivo dos animais, a posse responsável e o cadastro das Organizações Não-Governamentais (Ongs) que atuam na cidade.


O projeto de lei será apresentado para a Prefeitura de Mogi para que seja analisado. Uma reunião da Câmara Técnica foi realizada na quarta-feira, na Secretaria Municipal e Saúde. "Durante o encontro, os integrantes deram diversas sugestões de melhorias. Vamos alterar algumas coisas e apresentar uma proposta final na primeira semana de fevereiro", contou o coordenador da Câmara e veterinário do Centro de Controle de Zoonose (CZZ) de Mogi, Jefferson Renan de Araújo Leite.


Ele avaliou que, hoje, um dos principais problemas encontrados na cidade é a posse irresponsável de animais. "Todos os animais que passam pelo setor de Zoonoses da Prefeitura recebem o chip. A ideia é que essa identificação passe a ser obrigatória na cidade, tanto para os animais que já vivem em Mogi quanto para os novos. Esta medida vai ajudar a identificar o responsável em caso de abandono e auxiliar nas situações de perda de animais", esclareceu.


Leite acrescentou que grande parte dos animais que fica solta pela cidade possui dono, que não cuida efetivamente dos bichos. "A proposta é o controle definitivo. Hoje temos uma grande quantidade de pessoas irresponsáveis. Os animais têm livre acesso trazendo risco ao meio ambiente, ao seu bem-estar e acabam sendo maltratados, além de transmitir doenças", explicou. Ele argumentou que uma das medidas para controlar a reprodução dos animais é a castração. Para realizar este procedimento, o projeto prevê parcerias entre clínicas particulares e outras instituições.


A Câmara Técnica foi criada no segundo semestre de 2011 e reúne representantes de diversos órgãos municipais, como CZZ, Ouvidoria Municipal, Secretarias de Saúde e de Educação, além de instituições protetoras dos animais. "É um grupo eclético que pode fazer uma grande interação. Esse projeto de lei pretende cadastrar também as Ongs que têm interesse na questão do bem-estar do animal. Isso vai nos auxiliar no controle da população de animais. Além disso, vamos discutir problemas encontrados em Mogi", acrescentou.


Fonte:Mogi News