quinta-feira, 17 de novembro de 2011

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Cidade


Matéria publicada em 17/11/11
Degradação ambiental
Comissão da Câmara vai cobrar a Cetesb sobre mineradoras de Lerário
Empresário cedeu cerca de dois milhões de metros quadrados para a implantação do aterro da Queiroz Galvão
Brás Santos
Da reportagem local
Maurício Sumiya


Degradação ambiental em áreas do distrito do Taboão vem se acentuando com atuação de empresas de extração de areia
A Comissão Permanente de Meio Ambiente da Câmara de Mogi das Cruzes pretende se movimentar em relação à degradação que as empresas de mineração (entre elas as do empresário Raul Ardito Lerário, que também cedeu cerca de dois milhões de metros quadrados para a implantação do aterro da Queiroz Galvão) estão causando no Taboão. 
A comissão, que também cuida de questões relacionadas ao urbanismo, obras e habitação no município, prometeu agir. O seu presidente, o engenheiro Jolindo Rennó Costa (PSDB), disse ontem ao jornal que pretende solicitar à regional de Mogi da Agência Ambiental (Cetesb) informações detalhadas sobre a atuação das empresas de mineração e os danos ambientais causados por essa atividade no distrito, que é considerado pela Prefeitura como fundamental para o desenvolvimento econômico da cidade. 
"Em nome da comissão, vamos encaminhar ofício para a Cetesb com pedido de informações sobre a atuação das mineradoras. Vamos aproveitar também para saber da Cetesb que tipo de licença foi solicitada e concedida às empresas ou ao Exército para o despejo de terra (retirada das obras de ampliação do aeroporto de Guarulhos) no distrito do Taboão", argumentou Rennó Costa. 
Ele não descartou a possibilidade de convocar o gerente regional da Cetesb, Edson Santos, para prestar esclarecimentos no Legislativo. O presidente da comissão de Meio Ambiente alertou ainda para a necessidade de a prefeitura de Mogi elaborar um Plano Diretor específico para o distrito do Taboão. Rennó observou que, se a área é tão importante para crescimento da cidade (como dizem lideranças políticas e da sociedade civil), é fundamental que o poder público e toda a população saiba quais são os problemas (e as possíveis soluções) e, principalmente, as vocações da região. 
O vereador comentou que a elaboração desse plano poderá ser solicitada ao prefeito Marco Bertaiolli (PSD) como parte de uma ação para recuperação das áreas degradadas e a preservação do distrito. 
No fim da tarde de ontem, a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Mogi informou que a Secretaria Municipal de Segurança não emitiu nenhuma autorização para o despejo de terra no distrito do Taboão. E, por esse motivo, a operação seria irregular. Não foi revelado, entretanto, se o transporte de terra seria imediatamente proibido ou não pelo setor de fiscalização da Prefeitura.


Fonte:Gustavo Ferreira Ferreira