Brás Santos
Da Reportagem Local
Maurício Sumiya
Degradação ambiental em áreas do distrito do Taboão vem se acentuando com atuação de empresas de extração de areia
A Comissão Permanente de Meio Ambiente da Câmara de Mogi das Cruzes pretende se movimentar em relação à degradação que as empresas de mineração (entre elas as do empresário Raul Ardito Lerário, que também cedeu cerca de dois milhões de metros quadrados para a implantação do aterro da Queiroz Galvão) estão causando no Taboão.
A comissão, que também cuida de questões relacionadas ao urbanismo, obras e habitação no município, prometeu agir. O seu presidente, o engenheiro Jolindo Rennó Costa (PSDB), disse ontem ao jornal que pretende solicitar à regional de Mogi da Agência Ambiental (Cetesb) informações detalhadas sobre a atuação das empresas de mineração e os danos ambientais causados por essa atividade no distrito, que é considerado pela Prefeitura como fundamental para o desenvolvimento econômico da cidade.
"Em nome da comissão, vamos encaminhar ofício para a Cetesb com pedido de informações sobre a atuação das mineradoras. Vamos aproveitar também para saber da Cetesb que tipo de licença foi solicitada e concedida às empresas ou ao Exército para o despejo de terra (retirada das obras de ampliação do aeroporto de Guarulhos) no distrito do Taboão", argumentou Rennó Costa.
Ele não descartou a possibilidade de convocar o gerente regional da Cetesb, Edson Santos, para prestar esclarecimentos no Legislativo. O presidente da comissão de Meio Ambiente alertou ainda para a necessidade de a prefeitura de Mogi elaborar um Plano Diretor específico para o distrito do Taboão. Rennó observou que, se a área é tão importante para crescimento da cidade (como dizem lideranças políticas e da sociedade civil), é fundamental que o poder público e toda a população saiba quais são os problemas (e as possíveis soluções) e, principalmente, as vocações da região.
O vereador comentou que a elaboração desse plano poderá ser solicitada ao prefeito Marco Bertaiolli (PSD) como parte de uma ação para recuperação das áreas degradadas e a preservação do distrito.
No fim da tarde de ontem, a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Mogi informou que a Secretaria Municipal de Segurança não emitiu nenhuma autorização para o despejo de terra no distrito do Taboão. E, por esse motivo, a operação seria irregular. Não foi revelado, entretanto, se o transporte de terra seria imediatamente proibido ou não pelo setor de fiscalização da Prefeitura.
Fonte:Mogi News