domingo, 20 de novembro de 2011

SANTA ISABEL E O MEIO AMBIENTE NÃO PODEM RECEBER MAIS LIXO

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Santa Isabel - DIÁRIO DO ALTO TIETÊ


Matéria publicada em 20/11/11
Anaconda recebe mais lixo do que o permitido
Aterro está excedendo limite de despejo determinado pela Cetesb de 500 toneladas diárias
Ariane Noronha
Da Redação
Daniel Carvalho


Capacidade ultrapassada: Aterro sanitário de Santa Isabel recebe lixo de Mogi das Cruzes, Arujá, Biritiba Mirim e Salesópolis
O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema) de Santa Isabel encaminhou um ofício à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) com diversos questionamentos quanto à atual situação do aterro sanitário Anaconda. O local, que recebe resíduos de Mogi das Cruzes, Arujá, Salesópolis e Biritiba Mirim, tem autorização para receber até 500 toneladas de lixo por dia. No entanto, a área tem acolhido mais do que isso, uma vez que só de Mogi e Arujá, juntas, a quantidade de despejo diário é exatamente essa.


As informações são do presidente do Comdema, Valmir dos Santos, que informou ainda que o documento foi protocolado na Cetesb no dia 20 de setembro e que deveria ter sido respondido até o dia 8 deste mês. De acordo com ele, os questionamentos foram feitos porque os lixos da região começaram a ser despejados no aterro sem autorização do município e sem um controle do local, como a questão de fiscalização, por exemplo. "A Cetesb não pediu autorização ao município para jogar lixo aqui. Fizemos tudo em nome de caráter emergencial. Qual a garantia de que as águas subterrâneas não estão sendo afetadas?", questionou o presidente. 
No ofício enviado foi questionado qual a frequência das fiscalizações na área e como elas estão sendo feitas, inclusive de resíduos inorgânicos. Além disso, o conselho quer saber quais os métodos empregados pela Cetesb para fiscalização do chorume que escorre dos caminhões; qual a vida útil do aterro a partir da data; quem é o engenheiro responsável pela área e se houve alteração no local; quem faz o monitoramento; se aconteceram ações indiretas no entorno do empreendimento; como pode ser garantido que o despejo não atingiu área de preservação; quando foi realizado análise de ruídos provocados por fluxo de caminhões; qual a peculiaridade do ar; quanto tempo o município terá de conviver com esse transtorno; qual o volume de lixo autorizado a receber; qual o horário de funcionamento do aterro e quais as punições que o proprietário da área sofre caso não respeite o horário estipulado. Além disso, Santos informou também que foi pedido à companhia um comprovante de estabilidade dos taludes, que é um plano de inclinação que limita o aterro. 
"Esse despejo de lixo em excesso reduz a vida útil do aterro, que teria só mais três anos. Agora, com esse despejo em excesso, esse número é reduzido porque o local acolhe mais resíduos do que foi autorizado. O aterro quer expandir sua capacidade, mas para isso é preciso fazer uma audiência pública", disse Santos. A Cetesb foi procurada pela reportagem do DAT e informou que já enviou o ofício ao Comdema, via Correio, no último dia 8.


Fonte:Gustavo Ferreira Ferreira