Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Maurício Sumiya
Casas à venda ou imóveis vazios para aluguel têm sido vistos com muito mais frequência no bairro, que é, ou era, considerado um dos mais nobres da cidade
A onda de violência que atinge Mogi e principalmente a Vila Oliveira tem afugentado os moradores e desvalorizado os imóveis. Há poucos dias, o Mogi News relembrou uma série de crimes ocorridos no bairro, somente entre agosto e novembro deste ano: seguidos roubos e furtos a residências e estabelecimentos comerciais, agressão contra idosos, arrastões em condomínios de alto padrão e até pessoas mantidas como reféns dentro da própria casa.
O resultado deste pico de violência, identificado por mogianos que vivem no bairro e vereadores que criticaram a segurança, mas não notada pela Polícia Militar, que afirma que a situação na Vila Oliveira já foi pior, é o medo, com pessoas colocando as casas para venda e algo que poucos imaginavam: a desvalorização imobiliária.
Donizete de Araújo Branco, delegado da sub-regional do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), explicou que a violência detectada em um determinado local, seja ele de alto padrão ou uma região mais carente, incide diretamente na valorização predial. "A tendência é de que as pessoas prefiram sair de onde a criminalidade é maior. As casas passam a ficar mais tempo sem um comprador. E para vender a propriedade são obrigados a diminuir o preço", destacou. "Não são pelas pessoas que moram no local que uma região se torna de alto padrão. A qualidade das residências e a estrutura de equipamentos públicos existente nas imediações são os fatores que verdadeiramente valorizam um bairro", avalia o delegado do Creci.
Roberto Puerta, corretor da imobiliária Evandro Roque, diz que A onda de violência na Vila Oliveira é recente e até o momento não foi sentida uma queda nos valores dos terrenos, mas "a preocupação é grande, porque, caso a imagem do local continue sendo prejudicada, a queda nos preços será inevitável".
Fonte:Mogi News
