quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Oncologia Alto Tietê é excluído de comitê

Órgão estadual de referência em oncologia foi criado pelo Estado e a região ficará fora de todas as discussões
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Marcelo Alvarenga/CMMC

Emília: "Não há necessidade a criação de um comitê como esse"
A região do Alto Tietê ficou de fora do Comitê Estadual de Referência em Oncologia, criado pelo governo estadual. Uma resolução publicada no Diário Oficial do Estado institui o grupo formado por 13 hospitais e instituições. O Vale do Paraíba também não aparece na relação definida pelo secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri. Os integrantes serão coordenados pelo Instituto de Câncer de São Paulo (Icesp) 
A resolução indica que o comitê ficará responsável por debater itens como "estabelecer critérios técnicos e científicos que norteiem a rede de oncologia do Estado; acompanhar e assessorar tecnicamente as políticas e diretrizes, e assessorar a elaboração e revisão de normas e procedimentos". Ele funcionará em 60 dias.


O desprestígio com a região provocado pelo secretário estadual e, consequentemente, pelo governo de Estado, foi mais uma vez alvo de críticas durante a sessão de ontem na Câmara Municipal. Quem iniciou a discussão foi a vereadora Emília Letícia Rossi Rodrigues (PT do B), que acompanha de perto as dificuldades que o Centro Oncológico de Mogi e o Hospital do Câncer Dr. Flávio Isaías Rodrigues têm em atender a demanda de pacientes. Cerca de 100 pessoas da região recebem tratamento por mês nas instituições. Por determinação do secretário Giovanni Guido Cerri, o governo bloqueou novas cotas de custeio dos tratamentos e o atendimento de novos casos está suspenso, situação que obriga que os pacientes a se deslocarem até o Instituto de Câncer do Estado, na Capital. 
"Os procedimentos adotados em caso de pessoas com câncer já são definidos por uma política nacional e não há necessidade de um comitê. No entanto, se o grupo foi criado é inadmissível que uma região que conta com um milhão de pessoas fique de fora", afirmou. "Os hospitais e instituições que estão inseridos tratam de cânceres específicos que não representam nem 6% do número de pessoas vítimas da doença", alertou. Para ela, o "com o comitê, o objetivo é ganhar tempo e fugir de problemas como o bloqueio nas cotas de tratamento". "Recebo pessoas atrás de tratamento. É difícil dizer que a única solução é ir até a capital, sabendo que do nosso lado existe um hospital em plenas condições de atendimento, mas que não recebe repasse suficiente".


Fonte:Mogi News