Ontem (terça-feira), o Afif me fez um convite especial me pedindo para acompanhá-lo no PSD e levar comigo quem eu julgasse que deveria. Antes, existiam dúvidas se o partido seria formalizado ou não, mas como foi aprovado, ele veio até mim, o que é natural por causa da nossa amizade. Vou estudar a proposta no final de semana e na segunda irei me manifestar, garante.
Caso a migração ocorra, Bertaiolli diz que nada irá mudar. "Nossos compromissos continuam os mesmos, o que acontece é que estou em um partido chamado DEM, que enfrenta uma dificuldade imensa e surge o convite do PSD, que é novo e onde só tenho amigos", declara.
O prefeito pontua que umas das maiores dificuldades que enfrenta no Democratas é o caminho de radicalização que o grupo trilha. "Sempre digo que meu partido é Mogi das Cruzes. Quando recebo das mãos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o prêmio de melhor merenda escolar e lanço com o governador do Estado, Geraldo Alckmin, o programa de mil creches, que terão como modelo as que estamos implantando aqui, estou defendendo minha Cidade e a deixando em evidência. A questão partidária não pode interferir na administrativa. E esta postura radical do DEM com relação ao Governo Federal, que levou o Kassab e o Afif a deixarem a sigla, é divergente", afirma.
De acordo com Bertaiolli, para ingressar em uma legenda é necessário afinidade. "A própria palavra partido fala por si, vem de parte, que você faz com quem você comunga, com seus amigos. Os meus estão no PSD, me convidaram para estar com eles e eu vejo isso com naturalidade", destaca.
A relação com o governador Geraldo Alckmin continua a mesma, segundo o prefeito, até porque Afif é vice-governador. "Não estou indo para um partido, se eu for, oposicionista, mas sim para a sigla do vice-governador, que comanda o programa de Parcerias Público-Privadas (PPP), o maior do Governo do Estado. A aliança, apoio e amizade com Alckmin são totais. Nada, nenhuma vírgula muda se eu for para o PSD", afiança.
