O publicitário Duda Lima ressalta que o conteúdo das redes sociais e sites deve ser atrativo e autêntico
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Divulgação
"Não acredito que a internet será fundamental nas eleições de 2012"
"Os políticos de modo geral não estão preparados para utilizar as redes sociais porque o fundamental não é simplesmente ter páginas na Internet, mas sim o conteúdo inserido nelas", avaliou o publicitário Duda Lima, que já coordenou campanhas de candidatos da região.
Segundo ele, para utilizar de forma "atrativa" as ferramentas de comunicação oferecidas pela rede mundial de computadores é preciso ter ideias a serem debatidas.
"O pensamento que as redes sociais podem ser aproveitadas para simplesmente fazer campanha é equivocado. Quando o candidato a eleição Barack Obama passou a utilizar o Twitter, ele não pedia voto, mas abordava temas importantes para a sociedade americana. Foi isso que elevou a sua popularidade", frisou.
Duda Lima acredita que a utilização de canais de comunicação deve ser feita de maneira autêntica. "É preciso ter interatividade. A publicidade do candidato é natural, mas não funciona da mesma maneira que entregar um panfleto com uma foto e o número da legenda. É preciso ter ética e o atual momento da classe política não é de muita credibilidade", destacou.
"Na eleição passada, por exemplo, quem teve um melhor desempenho na Internet foi a Marina Silva (candidata à presidência pelo PV), que além de ter boas ideias, tem um discurso afinado com os jovens, que ainda são a maioria dos usuários do mundo virtual", disse.
O publicitário mogiano também destacou o trabalho desenvolvido por Gabriel Chalita, deputado federal pelo PMDB e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, que possuiu mais de 100 mil seguidores no Twitter.
O publicitário avalia que o político ou candidato deve investir na rede mundial, mas não deixar de lado a divulgação do trabalho no jornal impresso, TV, rádio e na rua. "Não acredito que a Internet será fundamental nas eleições de 2012.
A mesma expectativa foi criada há três anos e não se confirmou. Porém, a cada processo eleitoral e com a popularização cada vez maior das redes sociais, é inevitável que a Internet se torne um diferencial", analisou Lima.
Fonte:Mogi News
