domingo, 28 de agosto de 2011

Histórias do ex-prefeito Waldemar Costa Filho (XIV)


Waldemar Costa Filho sabia como incomodar a oposição, que nunca esteve tão forte na Cidade quanto durante o seu segundo mandato, iniciado em 1977. Sob o comando do empresário Jacob Lopes e do advogado Rubens Nogueira Magalhães, o MDB sonhava com o poder e procurava qualquer coisa que pudesse incomodar seu maior adversário. Corria o final dos anos 70 e Waldemar ousava aventurar-se na abertura da Mogi-Bertioga, ao mesmo tempo em que construía os novos prédios da Prefeitura, Câmara e Justiça do Trabalho, no Centro Cívico. Mas a boa estrela lhe trouxe o maior presente que um prefeito da época poderia receber: recursos a fundo perdido para a implantação do Comunidade Urbana de Recuperação Acelerada, o Projeto Cura. Era dinheiro de sobra, garantia de asfalto, creches, água e esgotos para pontos até então abandonados do populoso Bairro de Braz Cubas. Os opositores, em pânico, mandaram distribuir por lá um panfleto dizendo que os moradores teriam de pagar por todos aqueles benefícios anunciados por Waldemar pelo rádio e jornal. A comunidade tremeu. Waldemar soube daquilo e mandou que seus aliados providenciassem ônibus para levar o maior número possível de moradores para o Cine Avenida, onde ele faria um pronunciamento. À noite, o local estava lotado e a mesa de autoridades formada por convidados especiais do prefeito, como juízes, promotores, o bispo, presidentes de clubes de serviços, médicos conhecidos e seus aliados políticos. Waldemar começou um discurso explicando que as obras não seriam cobradas porque os recursos eram do Governo Federal, e à medida que ia falando, ficava cada vez mais exaltado: "Esses panfletos que vocês receberam é obra da oposição, desses emedebistas mentirosos..." e embalou de vez, passando a elevar o teor das críticas, até que explodiu: "E vocês querem saber de uma coisa? Pois esse pessoal da oposição que vá para p... q... p...!!!" E, virando-se para o bispo atônito, disse: "Perdão, excelência!!!". A reação do público foi ainda mais inesperada. Waldemar foi aplaudido de pé pelos moradores. Dias depois, o "Estadão" noticiava: "Governistas de Mogi reagem a insulto com aplausos".


Fazenda


Desde a semana que passou, a Vara da Fazenda de Mogi das Cruzes conta com um juiz titular. Bruno Machado Miano era juiz titular da 2ª Vara da Comarca de Dracena, no Interior de São Paulo, de onde foi promovido por antiguidade.


Justiça – 1


O escritório Vitale e Cury Advogados Associados, da Capital, que tem entre seus titulares o advogado mogiano Ivan Vitale, representa o antigo Grupo Paschoal Thomeu, de Guarulhos, no processo de recuperação judicial que envolve quatro empresas, uma metalúrgica, uma gráfica e dois jornais.




 Justiça – 2


Com uma dívida de cerca de R$ 350 milhões, os herdeiros de Thomeu vão tentar vender a metalúrgica e a gráfica, atualmente desativadas, para garantir o futuro dos dois jornais, "Metrô News" e "Folha Metropolitana". As negociações com os credores já começaram.




De pijama


A edição de ontem do Diário Oficial do Estado de São Paulo trouxe a notícia da aposentadoria voluntária, por tempo de serviço, do ex-delegado seccional de Polícia de Mogi das Cruzes, Carlos José Ramos da Silva, que vinha atuando em São Paulo. Após 36 anos de trabalho "Casé", como é conhecido, abre vaga como delegado de classe especial.


Fonte:O Diário de Mogi