sexta-feira, 13 de maio de 2011

Não ao Lixão: Senador reforça luta contra aterro

Não ao Lixão:
Senador reforça luta contra aterro
Aloysio Nunes disse ontem que Lixão não pode colocar em risco um bairro de produtores rurais e de fábricas
Bras Santos
Da Reportagem Local
Divulgação
Aloysio: "Tem que encontrar um lugar para jogar o lixo, onde não seja prejudicial às pessoas"
Mogi das Cruzes ganhou um reforço de peso na luta contra a instalação do aterro sanitário projetado pela empreiteira Queiroz Galvão para o distrito industrial do Taboão. O senador Aloysio Nunes Ferreira Filho (PSDB) afirmou ontem que é contrário ao empreendimento que a Queiroz Galvão insiste em implantar no território mogiano.
Nunes, que foi eleito para o Senado da República em 2010 ao receber mais de 10,7 milhões de votos de eleitores de São Paulo, disse que o projeto de um aterro sanitário regional não pode colocar em risco a sobrevivência de um bairro de produtores agrícolas e fábricas que geram empregos e riquezas para Mogi e região.

"Tem que achar um local para jogar o lixo, tem que ver tecnicamente, onde não seja prejudicial às pessoas que moram naquela área. Não pode, em Mogi, por exemplo, matar um bairro rural, colocando algo que inviabilizará a atividade e a vida das pessoas. Tem que encontrar lugares mais adequados para colocar, talvez não concentrar tudo no mesmo lugar", argumentou o senador, que falou à Rádio Metropolitana.

Ele reconheceu que o lixo representa um problema de difícil solução: "Esse é um problema dramático porque os lixões estão proliferando. Tem que encontrar um lugar para jogar o lixo, tem que ver tecnicamente. É uma questão técnica que precisa ser equacionada tecnicamente. O Taboão não é um lugar adequado, não pode descaracterizar a cidade, o modo de vida, a cultura, a paisagem, tudo isso está incompreendido na noção de meio ambiente. Espero que isso seja levado em conta nessa audiência pública e na decisão final sobre o licenciamento", ressaltou. Nunes arrematou com um pedido de bom senso: "Isso tem que ser discutido com muito zelo e muito cuidado".

Fonte:Mogi News

Chupa-lixo
Para lideranças do movimento "Aterro Não", o equipamento que separa ate 15% do lixo para reciclagem não atende as necessidade de Mogi, que discute soluções para o tratamento e destinação dos resíduos ao mesmo tempo em que luta para barrar a audiência pública da Queiroz Galvão.
No próximo dia 24 deste mês, o deputado Luiz Carlos Gondim Teixeira (PPS) pretende levar um grupo de lideranças políticas e da sociedade civil para Paulínia para conhecer, naquela cidade, o equipamento importado da Finlândia, apelidado de chupa-lixo, que faz o tratamento de parte do lixo recolhido nas ruas e reduz o volume do material a ser enviado para aterros.



Usina
De acordo com o ativista Mário Berti, o movimento "Aterro Não" defende a instalação de uma usina para transformação dos resíduos em energia não poluidora: "As usinas representam uma solução definitiva e nosso grupo acha que Mogi precisa trabalhar essa alternativa, além de reforçar a luta contra o empreendimento da Queiroz Galvão", destacou.