Só para se ter uma ideia, em consulta recente feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a relação de siglas atuantes na cidade foi de 28. Paulo Tokuzumi (PSDB), também tem atentando que o panorama é bom para o eleitorado. "Encaro até como sorte do suzanense poder escolher melhor. Mas, ao mesmo tempo acho que o número de candidatos ainda é pequeno. Ainda assim, oito (nomes) é uma boa quantidade para escolher".
O vereador e também candidato Israel Lacerda Filho (PTB) preferiu ir mais longe e até criticou o atual governo. "Eu acho que esse número de candidatos se deu por um cenário de administração ruim, um cenário "aberto", que despertou interesse pelo majoritário", disse, relembrando que desde o início de seu segundo mandato, em 2009, declarou o interesse em concorrer à Prefeitura.
Para o Roberto Toyo (PCB), a diversidade é bem-vinda. Contudo, mesmo acreditando que os suzanenses são naturalmente politizados historicamente, também é um risco já que o município não contará com segundo turno. "É uma pena que não tenha segundo turno, porque é um pleito mais democrático", apontou, referindo-se que a escolha do futuro prefeito pode ser "injusta", pois os votos podem acabar muito pulverizados. Mesmo assim, ele defende a máxima "quanto mais, melhor". "Gostaria que tivessem dez, 20 candidatos (a prefeito) com diversas ideologias para a população".
Apesar de achar positivo o número de prefeituráveis, inclusive enaltecendo o poder da democracia, o vereador e também candidato Rafael Garcia (PSD) defende que mais do que números, os adversários sejam comprometidos politicamente. "É excelente para a democracia e ótimo para Suzano (tal quantidade). Mas, que eles conheçam (o município) e apresentem boas propostas e que dêem o melhor e não se baseiem apenas em projetos pessoais, visando só o "poder" ou grupo de amigos, porque isso empobrece a política", indicou.
INDIFERENÇA O candidato pelo PSOL, Leonardo Ferreira, aponta dois cenários, um positivo e negativo. Como seus adversários, ele concorda que a situação é boa para o eleitor. No entanto, ele julga a quantidade de candidatos indiferente. "As outras candidaturas estão atreladas à história da cidade, logo, não representam um novo modelo. O debate amplo é fundamental, mas não vejo nessa quantidade uma qualidade de discussão política", destacou, observando que o município precisa de renovação.
SEM RESPOSTA A reportagem tentou, mas não obteve respostas dos candidatos Valdicir Stuani (PT) nem de Carmem Lucia Lorente (PCdoB), a Carminha.
Fonte:O Diário de Suzano