A reportagem publicada nesta quarta-feira, 18, no diário FOLHA DE S. PAULO, sob o título "DENIT LEVOU CRÍTICAS À DELTA A ÓRGÃOS DE CONTROLE", revela, a partir do exame de grampos telefônicos, que o noticiário anterior ao afastamento da cúpula do Ministério dos Transportes foi produto de uma conspiração que envolve o contraventor Carlos Cahoeira e a revista VEJA.
Segundo a reportagem assinada pelos jornalistas Cátia Seabra, Rubem Valente e Dimi Amora, Cachoeira seria a fonte de supostas informações para a matéria que provocou a crise nos transportes, com acusações contra o então Ministro Alfredo Nascimento, o Secretário Geral do PR, deputado Valdemar Costa Neto e o então Diretor Geral do Denit, Luiz Antônio Pagot.
A leitura do texto publicado na página A7 informa que "Cachoeira disse a Claudio Abreu, diretor da Delta no Centro-Oeste, que estava fornecendo informações sobre irregularidades no Dnit para a revista Veja durante a apuração de uma reportagem". Ainda segundo a reportagem da FOLHA, as tratativas do contraventor para fornecer supostos dados contra o Denit para a VEJA era uma retaliação à Direção do Orgão que reclamava da qualidade dos serviços prestados pela empreiteira. A matéria da FOLHA ressalta que as "obras estavam malfeitas ou atrasadas, segundo o Dnit. A partir de 2010, o órgão começou a abrir processos administrativos ou emitir documentos que ameaçavam tirar contratos da empreiteira, que nega irregularidades."
O esforço de reportagem concluiu que "o atrito entre a Delta e o Dnit levou o grupo comandado por Carlinhos Cachoeira, investigado por suspeita de contravenção e ligado à empreiteira, a atuar pela queda do diretor-geral do órgão".
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