sábado, 11 de fevereiro de 2012

No centro Policial é acusado de atirar contra travesti


PM teria o agredido e disparado depois que o travesti disse que não faria com ele um programa sexual. Oficial pode ser expulso da corporação
Deize Batinga
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Travesti estava trabalhando com "programas" próximo ao Mercadão quando foi abordado pelo PM
Um cabeleireiro de 25 a-nos, que trabalha à noite como garoto de programa travestido de mulher, procurou a Polícia Civil para denunciar um caso de agressão e disparo de arma de fogo. Segundo ele, um policial militar o teria agredido e disparado um tiro no chão após ele se recusar a fazer um programa sexual. Caso o militar seja identificado, ele corre o risco de ser expulso da Polícia Militar.


O caso foi registrado na madrugada de ontem no 1° DP, no Parque Monte Líbano. Em depoimento na delegacia, o travesti contou que estava na rua Coronel Souza Franco, no centro, próximo ao Mercado Municipal, quando um Fiat Uno azul se aproximou.


Dentro do veículo, estava um homem, que, segundo o travesti, é policial. O militar o teria convidado para fazer um programa sexual, mas ele não teria aceitado. Diante da recusa, de acordo com o depoimento do cabeleireiro, o PM teria puxado a arma e o agredido com uma coronhada na cabeça.


Ao perceber a agressão, outro travesti, que estava no mesmo ponto que a vítima, teria se aproximado. Nesse momento, o policial teria feito um disparo com a arma em direção ao chão e fugido. O disparo não atingiu ninguém.


Assim que o veículo partiu, os travestis recolheram a cápsula, que pertence a uma pistola ponto 40, e a levaram para a delegacia. O projétil foi apreendido e deve ser levado para perícia técnica no Instituto de Criminalística (IC) de Mogi das Cruzes.


PM
Segundo o Comando de Policiamento de Área Metropolitano (CPA/M-12), se o autor do disparo for realmente um militar e tiver usado munição do Estado para atirar contra as vítimas, é possível que em breve ele seja identificado. "As munições são numeradas, por isso, temos como fazer o rastreamento dessa cápsula e saber quem foi o autor do disparo. Se for comprovado que se trata de um policial militar, ele pode até ser expulso da corporação", explicou a porta-voz do CPA/M-12, tenente Brenda Benites Dias.


Fonte:Mogi News