sábado, 11 de fevereiro de 2012

Casarão do Carmo será tombado. De novo?

Integrantes do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural, Artístico e Paisagístico de Mogi das Cruzes (Comphap), reunidos no início desta semana, anunciaram que o primeiro prédio a ser tombado na Cidade será o Casarão do Carmo. A notícia causou surpresa a um leitor deste jornal que enviou à coluna uma cópia do Decreto Municipal número 9.226, de 12 de dezembro de 2008, assinado pelo então prefeito Junji Abe, que determina "o tombamento definitivo do imóvel situado na Rua José Bonifácio, 516, Largo do Carmo, na esquina da Rua Dr. Corrêa". Justificando o decreto, Junji destaca o valor histórico e cultural da casa construída em meados do Século XIX, com partido em "L", vergas curvas aplicadas na fachada e no seu interior, com telhado em quatro águas, havendo necessidade de salvaguardá-la de ações que prejudiquem sua integridade e a harmonia do conjunto formado pelas edificações localizadas no Largo do Carmo". O decreto ainda leva em conta o fato de o imóvel estar situado na área envoltória de tombamento das Igrejas das Ordens Primeira e Terceira do Carmo, as quais foram tombadas pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e dentro do raio de 300 metros em torno das Igrejas do Carmo, onde qualquer mudança implica em autorização antecipada do Condephaat, órgão do governo de São Paulo. Após outras alegações, o decreto estabelece que o prédio "fica tombado, na forma da Lei de nº 6.086, de 18 de dezembro de 2007, regulamentada pelo Decreto nº 8.394, de 18 de fevereiro de 2008. Detalhe: o decreto autorizou o próprio Comphap a fazer o registro do imóvel no Livro de Tombo Municipal e é assinado, entre outros, pelo secretário de Planejamento, João Francisco Chavedar.


Fonte:O Diário de Mogi