quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Água Hidrômetros voltam a ser motivo de reclamação


De acordo com moradora do distrito de César de Souza, depois da troca do equipamento, o valor de sua conta aumentou de R$ 28 para R$ 135
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Mayara de Paula

Josefina Santos, moradora de César de Souza, mostra a diferença entre as contas de água antes e depois da troca de hidrômetros
A troca do hidrômetro, promovida pelo Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae), tem causado um aumento na conta da dona de casa Josefina Alves Santos, de 60 anos, que mora no distrito de César de Souza. Ela contou que tinha um gasto mensal máximo de R$ 28, mas, desde o fim do ano passado, quando o equipamento foi trocado, ela passou a pagar R$ 135. 
Josefina afirmou que economiza água como pode, mas que, ainda assim, o valor da conta não diminui. 
A dona de casa alertou para outro fato: o equipamento não tem selo de certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). 
Josefina disse que sentiu o aumento no valor da conta logo após a troca do hidrômetro, feita, segundo ela, em novembro de 2011. "Antes da troca, o maior valor que paguei durante sete meses foi R$ 28. Depois que instalaram o novo equipamento, minha conta foi para R$ 134. Fui reclamar e eles informaram que seria feita uma revisão, mas recebi a resposta dizendo que meu pedido de redução do valor foi indeferido". 
Ela garantiu que tenta economizar estocando água da chuva. "Guardo em baldes para poder lavar o quintal, molhar as plantas e agora até para jogar no banheiro. Mas, até agora, não vi o valor da minha conta cair", acrescentou. Josefina contou que vivem em sua casa cinco pessoas, mas que apenas duas passam a maior parte do dia na residência.


O filho da dona de casa, o analista de sistema Leandro Marcelino Santos, 39, reclamou que o hidrômetro não contém um selo que garanta a certificação da qualidade do equipamento pelo Inmetro. "Nenhum aparelho tem o selo. Tenho a sensação de que estou sendo enganado", destacou.


Em relação ao aumento da conta de água da família Santos, o Semae informou que o hidrômetro foi substituído em outubro do ano passado. O aparelho trocado tinha 15 anos de uso. Como na casa vivem cinco pessoas, os padrões de medição indicam que cada morador utiliza 5 m³ de água por mês e o valor consumido está dentro da média. A autarquia afirmou que a troca de hidrômetros não provoca aumento nos valores das contas e que os novos aparelhos apenas registram o consumo efetivo de água, promovendo uma cobrança justa entre o que o Semae produz e o que os cidadãos pagam.


Sobre a falta de selo do Inmetro no hidrômetro, a autarquia respondeu que o equipamento é produzido segundo normas técnicas do órgão e que, antes de cada lote ser entregue, funcionários do Semae vão até a fábrica, a LAO, em Osasco, e realizam novos testes com os aparelhos.


Fonte:Mogi News