sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Obra dos Canudos terá viaduto


proposta Perspectiva artística mostra como ficará a região do Córrego dos Canudos, em Braz Cubas, após a conclusão da obra, que ontem recebeu R$ 40 milhões do PAC-2


MARA FLÔRES
As obras do Córrego dos Canudos vão contemplar a construção de um viaduto em Braz Cubas, exatamente no ponto aonde a nova via marginal irá se cruzar com a Avenida Japão. A obra de arte já vem sendo projetada pela Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo e ficará no trecho entre o final do Jardim Santa Tereza e o início da Vila Municipal, onde o curso d’água corta a Avenida Japão. Os detalhes da passagem em desnível foram revelados ontem pelo prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD) durante a assinatura do contrato com a Caixa Econômica Federal (CEF) para liberação de mais R$ 51,2 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2) – cerca de R$ 40 milhões para a continuidade das obras no Córrego dos Canudos.




"No cruzamento com a Avenida Japão teremos um viaduto, com a marginal do Canudos passando por baixo. Isso é necessário porque a Japão já é uma via de grande movimento e a nova avenida também será uma importante opção viária da Cidade, fazendo a ligação entre Braz Cubas e a Mogi-Bertioga", ressaltou o prefeito.


O viaduto fará parte da quarta etapa de obras no projeto do Córrego dos Canudos, assim como a construção da segunda pista da marginal no trecho entre as avenidas Francisco Ferreira Lopes e Japão. As intervenções estão sendo planejadas pela Prefeitura, que pretende pleitear os recursos para execução também junto ao Governo Federal. Não há, por enquanto, estimativas de quanto isso vai custar. A expectativa, no entanto, é de que a obra completa do Canudos, inclusive com a fase quatro, fique pronta em 2013.


De imediato, o Município dispõe de recursos para concluir a primeira etapa do Canudos – prevista para março de 2012 e que contempla a canalização do córrego e a construção da marginal direita (no sentido Avenida Japão – Francisco Ferreira Lopes) – e agora também para a segunda e a terceira fase, a serem executadas no ano que vem.


De acordo com os detalhes divulgados pelo secretário municipal de Planejamento, João Francisco Chavedar, a segunda fase contempla a extensão entre a Avenida Japão e a Avenida Prefeito Maurílio de Souza Leite, no Parque Morumbi. O pacote inclui a canalização do córrego e, neste trecho, de aproximadamente 1,6 quilômetro, a construção das avenidas marginais nas duas laterais do córrego. "Neste caso, as vias vão acompanhar o traçado das ruas existentes hoje na região da Vila Municipal, Vila Brasileira e Parque Olímpico", explicou o arquiteto.


Aproximadamente 200 famílias que vivem irregularmente nas margens do Córrego dos Canudos terão de ser removidas para a execução das obras nesse novo trecho. Segundo o prefeito, todas as famílias estão cadastradas e serão atendidas por moradias construídas pelo programa Minha Casa, Minha Vida.


A terceira fase pega o outro extremo, entre a Avenida Francisco Ferreira Lopes e o Rio Tietê, e contempla a canalização do córrego para acabar, definitivamente, com os problemas das enchentes. "Esse já deverá ser um verão sem ocorrências para quem vive naquela região. Mas o fim das enchentes mesmo teremos quando terminar a terceira fase", ponderou o prefeito.




Recursos


Os contratos assinados ontem pela Prefeitura de Mogi e a CEF totalizam R$ 57 milhões, sendo R$ 51,270 milhões financiados pelo Governo Federal e R$ 5,730 milhões de contrapartida municipal. Além do Canudos, os recursos são direcionados para obras de urbanizações em bairros de Braz Cubas e para elaboração de projetos do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) - veja quadro nesta página.


"São recursos que ultrapassam em muito a capacidade própria de investimento do Município. Teríamos de ficar três anos sem fazer nada na Cidade para conseguir levantar esse montante", destacou o prefeito.


No mês passado, a Prefeitura assinou outros cinco contratos do PAC-2, os quais somam R$ 24 milhões. Do PAC-1, os recursos liberados somam R$ 63,7 milhões.


Fonte:O Diário de Mogi