sábado, 19 de novembro de 2011

Taboão Relatório da Cetesb comprova degradação

Companhia ambiental, porém, não divulgou nomes dos empresários que mantêm atividades de exploração do solo do distrito mogiano do Taboão
Maurício Sumiya

Taboão é explorado por várias empresas mineradoras, entre elas a do empresário Raul Lerário, que cedeu terras para o Lixão
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e a Companhia Ambiental do Estado divulgaram, a pedido do Mogi News, um diagnóstico sobre as atividades de extração mineral no distrito industrial do Taboão, em Mogi das Cruzes. As informações transmitidas pela Assessoria de Imprensa da Secretaria Ambiental podem comprovar as denúncias feitas pelo Movimento Aterro Não, Prefeitura de Mogi e moradores do Taboão, sobre os estragos ambientais produzidos pelas mineradoras no distrito. 
Os dados da Cetesb reforçam também as avaliações de que o Taboão seria terra de ninguém, ou melhor, seria uma grande porção de terra do município mogiano onde quem manda são as empresas de mineração: de acordo com a Prefeitura, 23 empresas têm alvará municipal para extrair areia no Taboão. 
Os números da administração municipal, entretanto, não batem com a relação de mineradores apresentada pela Cetesb. De acordo com a Cetesb, 14 empresas desenvolvem atividade de extração mineral no Taboão. 
Funcionamento ilegal, operação inadequada e processos de renovação de licença para continuidade de operação são os principais problemas das mineradoras do Taboão, segundo as poucas informações transmitidas pela Cetesb. Essas irregularidades resultaram na aplicação de diversos autos de infração e imposição de penalidades de advertência (AIIPA) e autos de infração e imposição de penalidade de multa (AIIPM). As informações divulgadas pela assessoria da Cetesb, porém, não contempla todos os questionamentos feitos jornal. A reportagem solicitou dados referentes à operação de todas as mineradoras instaladas no Taboão desde o ano 2000. Solicitou as datas de início e término das explorações ao longo dos últimos dez anos. Nenhuma data foi revelada pela Cetesb.


Também não forneceu nenhuma informação sobre as ações para a recuperação ambiental das empresas que tiveram autorização para explorar o subsolo nos últimos anos. Sobre o passivo ambiental, a companhia ambiental disse apenas que a recuperação das áreas degradadas deve acontecer durante a vida útil do empreendimento e que o setor de fiscalização monitora o trabalho de recuperação das áreas exploradas pelas empresas.


"Das empresas de mineração existentes no bairro do Taboão, a única que já encerrou suas atividades extrativas e concluiu a recuperação da área foi a empresa Itaquareia Indústria Extrativa de Minérios, no empreendimento denominado Porto 7", explicou a assessoria da Cetesb. Entre as informações passadas, não constam nominalmente os proprietários das mineradoras. Um dos empresários que atua na área é Raul Lerário, que cedeu 2 milhões de metros quadrados vizinhos a uma de suas mineradoras no Taboão para a empreiteira Queiroz Galvão, que quer instalar lá um aterro sanitário, rechaçado pelas autoridades do município e pela população mogiana.


Companhia ambiental, porém, não divulgou nomes dos empresários que mantêm atividades de exploração do solo do distrito mogiano do Taboão
Maurício Sumiya


Taboão é explorado por várias empresas mineradoras, entre elas a do empresário Raul Lerário, que cedeu terras para o Lixão
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e a Companhia Ambiental do Estado divulgaram, a pedido do Mogi News, um diagnóstico sobre as atividades de extração mineral no distrito industrial do Taboão, em Mogi das Cruzes. As informações transmitidas pela Assessoria de Imprensa da Secretaria Ambiental podem comprovar as denúncias feitas pelo Movimento Aterro Não, Prefeitura de Mogi e moradores do Taboão, sobre os estragos ambientais produzidos pelas mineradoras no distrito. 
Os dados da Cetesb reforçam também as avaliações de que o Taboão seria terra de ninguém, ou melhor, seria uma grande porção de terra do município mogiano onde quem manda são as empresas de mineração: de acordo com a Prefeitura, 23 empresas têm alvará municipal para extrair areia no Taboão. 
Os números da administração municipal, entretanto, não batem com a relação de mineradores apresentada pela Cetesb. De acordo com a Cetesb, 14 empresas desenvolvem atividade de extração mineral no Taboão. 
Funcionamento ilegal, operação inadequada e processos de renovação de licença para continuidade de operação são os principais problemas das mineradoras do Taboão, segundo as poucas informações transmitidas pela Cetesb. Essas irregularidades resultaram na aplicação de diversos autos de infração e imposição de penalidades de advertência (AIIPA) e autos de infração e imposição de penalidade de multa (AIIPM). As informações divulgadas pela assessoria da Cetesb, porém, não contempla todos os questionamentos feitos jornal. A reportagem solicitou dados referentes à operação de todas as mineradoras instaladas no Taboão desde o ano 2000. Solicitou as datas de início e término das explorações ao longo dos últimos dez anos. Nenhuma data foi revelada pela Cetesb.


Também não forneceu nenhuma informação sobre as ações para a recuperação ambiental das empresas que tiveram autorização para explorar o subsolo nos últimos anos. Sobre o passivo ambiental, a companhia ambiental disse apenas que a recuperação das áreas degradadas deve acontecer durante a vida útil do empreendimento e que o setor de fiscalização monitora o trabalho de recuperação das áreas exploradas pelas empresas.


"Das empresas de mineração existentes no bairro do Taboão, a única que já encerrou suas atividades extrativas e concluiu a recuperação da área foi a empresa Itaquareia Indústria Extrativa de Minérios, no empreendimento denominado Porto 7", explicou a assessoria da Cetesb. Entre as informações passadas, não constam nominalmente os proprietários das mineradoras. Um dos empresários que atua na área é Raul Lerário, que cedeu 2 milhões de metros quadrados vizinhos a uma de suas mineradoras no Taboão para a empreiteira Queiroz Galvão, que quer instalar lá um aterro sanitário, rechaçado pelas autoridades do município e pela população mogiana.


Fonte:Mogi News