terça-feira, 1 de novembro de 2011

PIB e emprego destacam Mogi


futuro Distrito Industrial do Taboão é a grande aposta do Município


DANILO SANS
Uma pesquisa publicada na revista ‘Veja’ deste final de semana mostrou as 106 cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes e formulou uma espécie de ranking com as melhores e piores em diversos quesitos. Mogi das Cruzes não ficou nem em primeiro nem em último lugar em nenhum deles, mas foi citada com destaque para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a geração de emprego. A pesquisa cita ainda as cidades de Suzano e Itaquaquecetuba


Mogi recebeu destaque pelos 5,7 mil postos de trabalho gerados somente em 2010. O dado é controverso, já que de acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico e Social, Marcos Damásio, o número apresentado não corresponde à realidade do Município. "No ano passado, a Cidade criou 6.563 postos de trabalho", aponta, citando os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).


Com estes dados, Mogi ficaria praticamente empatada com o município pernambucano de Paulista, que figurou em primeiro lugar no ranking de empregos por possuir cerca de 300 mil habitantes e gerar 4.780 postos de trabalho. Para uma cidade com cerca de 400 mil habitantes, Mogi criou proporcionalmente mais empregos do que Paulista. A diferença é que o crescimento foi medido comparando-se os anos de 2009 e 2010.


Damásio destaca que a Cidade possui hoje cerca de 50 novas indústrias já com áreas adquiridas, sendo que algumas delas estão em fase final de construção. "Todas devem estar em funcionamento no prazo de dois anos. Acredito que isso deva gerar para Mogi mais 7 mil novas vagas de trabalho somente neste setor", avalia.


Apesar do crescimento das indústrias, o setor que mais emprega ainda é o de serviços. "Até mesmo por conta das universidades, dos vários escritórios e consultórios que temos por aqui. Somente as duas empresas de telemarketing empregam 8 mil pessoas", diz Damásio. As duas empresas também foram citadas pela revista.


Ele se diz otimista com as perspectivas de crescimento do Município. "Temos duas grandes universidades, escolas técnicas, o Sesi (Serviço Social da Indústria), o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e uma sede do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). Tudo isso forma uma grande estrutura que atrai estas indústrias", fala.


O secretário ainda aponta os investimentos em infraestrutura para evitar que o crescimento aconteça desordenadamente: "Implantamos um núcleo industrial em César de Souza, onde a Prefeitura abriu ruas e preparou o local para o recebimento das 20 indústrias que estão se instalando lá. A gente tem conseguido dar o apoio", garante o secretário, adiantando que os investimentos no Distrito Industrial do Taboão devem ser o foco da Prefeitura para os próximos anos.


Suzano


A revista destaca, em Suzano, o investimento realizado em infraestrutura. Ela aponta que a cidade é conhecida pelo ramo de papel e celulose e que foi obrigada a gastar nos últimos seis anos R$ 70 milhões para dobrar o número de vias pavimentadas, além de investir em capacitação de mão de obra local. Procurada, a Prefeitura de Suzano não se pronunciou sobre a pesquisa até o fechamento desta matéria.




Itaquá


O estudo revela, ainda, que em Itaquaquecetuba, a chegada do Rodoanel e a construção de uma Estação Aduaneira do Interior (Eadi), ou porto seco (já em funcionamento), aqueceram a economia. Pela apuração da revista, em 2010 foram criados 2.809 empregos, sendo 45% na indústria. O setor de serviços, que emprega hoje metade dos trabalhadores locais, deve ser aquecido pela construção do primeiro shopping do Itaquá, previsto para ser inaugurado em 2013.


De acordo com o diretor de Indústria e Comércio da cidade, Mário Toyama, o município conta hoje com 8 mil unidades comerciais e 700 indústrias, além dos cerca de mil trabalhadores regularizados pelo programa Microempreendor Individual (MEI), este último com expectativa de crescimento de 50% nos próximos cinco anos.


Para o Executivo Municipal, o término das obras do Rodoanel deve eliminar o tráfego de passagem e tornar o trânsito da cidade mais ágil para o trasporte coletivo e individual, ajudando ainda no desenvolvimento das regiões mais carentes do município.


Fonte:O Diário de Mogi