sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Degradação ambiental Estudo aponta 18 falhas no relatório da Queiroz Galvã

MOGI NEWS
 Cidade


Matéria publicada em 11/11/11
O engenheiro civil e ex-presidente da Associação dos Arquitetos e Engenheiros de Mogi, Orlando Pozzani, divulgou ontem um documento com 18 questionamentos ao relatório de atualização e complementação da avaliação ambiental do Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos que a empreiteira Queiroz Galvão que instalar no Taboão. O engenheiro, que também integrou o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), afirmou que fez o levantamento como cidadão e integrante do Movimento Aterro Não: "Em 2010, a Queiroz Galvão alterou significativamente o seu projeto de licenciamento para a instalação do aterro. Fizemos um estudo das alterações que a empreendedora propôs ao projeto original. Já enviamos o resultado dessa análise técnica à Prefeitura e outros órgãos que estão tentando impedir a implantação desse aterro em Mogi. Pelo que concluímos com o estudo, a Cetesb, caso tenha alguma vergonha na cara, não deveria liberar nunca esse aterro em razão dos riscos e ameaças que ele apresenta e que destacamos no estudo", argumentou.


Pozzani ressalta que as alterações promovidas pela Queiroz Galvão no Estudo de Impacto Ambiental e no Relatório de Impacto do Meio Ambiente (EIA-Rima) de 2010 são tão profundas que o resultado deve ser reconhecido como um novo projeto e não como um relatório complementar, conforme foi informado à Secretaria Ambiental pela Queiroz Galvão. No relatório, o engenheiro destaca que o programa Google Earth informa que a pista do Aeroporto Internacional de Guarulhos fica a 21 quilômetros do local onde o aterro poderá ser instalado. "O relatório complementar não apresenta estudo e nenhum documento de consulta ao Ministério da Aeronáutica ou à Infraero sobre a distância entre o depósito e o aeroporto. Mas um dos pontos que mais chama a atenção e é de fácil compreensão tem a ver com a proposta da empresa de implantar uma manta de polietileno para evitar a contaminação do solo. Esse material é de boa qualidade, mas a empreendedora não diz como evitará danos ao meio ambiente no caso de essa manta romper ou apresentar vazamentos depois que a montanha de lixo subir", explicou. (B.S.)


Fonte:Gustavo Ferreira Ferreira