Maioria das tentativas tem como objetivo tirar a página virtual do ar. A administração investe R$ 50 mil mensais na proteção contra os hackers
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Jorge Moraes
A página virtual da Prefeitura de Mogi sofre, em média, 400 mil ataques de hackers por mês
O site e a rede de informações da Prefeitura de Mogi das Cruzes sofrem em média 400 mil ataques de hackers por mês. São quase 13 mil por dia e 4,8 milhões por ano. O balanço foi divulgado pelo Setor de Tecnologia da Informação da administração municipal.
Segundo o secretário-adjunto municipal de Gestão, Antero Rodrigues Junior, a maioria das tentativas tem como objetivo tirar o site do ar. Os criminosos virtuais que tiveram sucesso na invasão usaram a técnica de gerar milhões de acessos à página em um mesmo momento.
"Se o portal não for preparado para receber este volume de usuários, fatalmente, terá problemas. Foi o que já aconteceu em Mogi", informou Rodrigues Junior, sem revelar a quantidade de vezes que o site foi alvo dos criminosos virtuais.
Em uma única oportunidade, a invasão teve como consequência a alteração de um link. Quando o usuário clicava no ícone, surgia um texto não-relacionado ao assunto. "Era desconexo e com informações erradas", lembrou o secretário-adjunto.
O assunto veio à tona depois que o site da Câmara de Vereadores de São José dos Campos foi invadido no feriado de 7 de setembro. Em vez de informações sobre os parlamentares, o internauta que acessou o portal (www.camarasjc.sp.gov.br) viu a imagem de uma pessoa com o dedo indicador à frente da boca, como se estivesse pedindo silêncio. A ação foi um protesto contra a aprovação de reajuste nos salários dos vereadores.
"Temos muitas ferramentas que impedem que os ataques criem algum tipo de problema, mas se tentamos evitar é porque alguém do outro lado busca de todas as formas um meio de burlar o sistema e não há nenhum mecanismo infalível, basta analisar que até o site da Casa Branca foi invadido", destacou.
"A nossa maior preocupação é com a rede de dados. A atualização das ferramentas de segurança é constante", afirmou. De acordo com o secretário-adjunto, a rede nunca foi violada.
O custo para manter os dispositivos contra as invasões é de R$ 50 mil mensais. "Estamos iniciando o processo de estudo para reformular o sistema em 2012. Não é possível afirmar neste momento a quantidade que precisará ser investida, mas é uma ação necessária", adiantou Rodrigues Junior.
Câmara
Em vez de equipe própria para cuidar da segurança virtual, a Câmara Municipal contratou uma empresa da capital para oferecer este suporte. O chefe do Setor de Informática do Legislativo, Marcelo Gonçalves, contou que a Input Center é a responsável pelo banco de dados do portal. "Ela monitora o site 24 horas por dia", garantiu. O site da Câmara, segundo Gonçalves, nunca foi alvo de hackers.
Fonte:Mogi News
