O projeto ainda precisa ser analisado e aprovado pelo legislativo e tem como função garantir mais segurança por causa do grande volume de dinheiro que circula nesses estabelecimentos. O delegado regional do Sindicato da Rede Lotérica do Alto Tietê, Roberto Pirani, de 57 anos, garante que a medida acarretará um gasto excessivo aos proprietários dos estabelecimentos.
"Essa lei é financeiramente inviável. A rede já reivindica da Caixa o transporte do dinheiro em carro forte, mas isso não é feito. Arcamos com mais da metade desse valor", esclareceu. Ele afirma que a medida também pode trazer mais insegurança do que proteção. "O segurança estará armado e se houver uma reação o cliente pode ser atingido", acrescentou.
Pirani destaca que para garantir a segurança do cliente, do funcionário e do próprio profissional é necessário instalar uma porta giratória. "O banco funciona assim. Diversas contas podem ser pagas na lotérica, inclusive o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), por isso, a Prefeitura deveria nos ajudar", contou. Ele acredita que o índice de criminalidade registrado na região não é motivo para a contratação de seguranças. "No Alto Tietê não existe um número elevado de roubo. Até porque isso pode ocorrer em qualquer comércio. No próprio banco, os bandidos estão entrando para roubar o caixa eletrônico", ressaltou.
A gerente de uma lotérica do centro, Dayse Silva Augusto, 35, acredita que a medida será benéfica caso a Caixa ajude a custear o gasto com a contratação do profissional. "O segurança seria bom, mas a Caixa deveria ajudar, pois, senão, nosso lucro será ainda menor", declarou.
A dona de casa Edileusa Santos da Silva, 46, garante que o segurança traria maior bem-estar na hora de frequentar o local. "Às vezes saco dinheiro e são quantias grandes. É mais seguro se essa lei começar a vigorar", afirmou.
Argumento
A proposta de lei que determina que um vigilante profissional preste serviço nas lotéricas foi baseada na determinação que vigora na cidade de Limeira, desde 2010. De acordo com o criador do projeto, vereador Expedito Ubiratan Tobias, se a lei for aprovada, ela trará mais segurança para o mogiano. Tobias afirma que o bem-estar da população deve ser levado em conta. A proposta prevê que a vigilância seja realizada somente no horário de expediente. Para a pessoa que descumprir a determinação será dada uma advertência. Após a segunda infração será cobrada um multa no valor de 100 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesp), no valor de R$ 1.745 mil. Se forem cinco ou mais infrações, o estabelecimento será lacrado.
Fonte:Mogi News
