sábado, 23 de julho de 2011

Acordo Mineradora vai construir moradias para chacareiros

Projeto está sendo feito e beneficiará moradores que não aceitaram imóveis do Minha Casa
Guilherme Bertti

O chefe de Gabinete Sérgio Marrano lembrou que o loteamento em estudo vai resolver um dos grandes problemas sociais de Mogi
A mineradora Itaquareia vai construir um empreendimento imobiliário no Conjunto Santo Ângelo que deverá acabar com o problema de cerca de 500 famílias de chacareiros que não estavam incluídas no processo de desapropriação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e que não aceitaram deixar a área invadida para irem para imóveis do programa federal Minha Casa, Minha Vida. O projeto deve ser apresentado à Prefeitura em até seis meses.


A empresa de engenharia que ficará responsável por apontar as diretrizes do empreendimento imobiliário será anunciada em até 20 dias. De acordo com o advogado da Itaquareia, Nilson Franco, a empresa já está acertada e apenas alguns detalhes separam a assinatura. 
Os imóveis vão ser construídos na região invadida, de propriedade da Itaquareia, mas fora da área de proteção de mananciais e do local onde estão os agricultores que aguardam a assinatura de um decreto pela presidente Dilma Rousseff (PT) autorizando o depósito do dinheiro para a desapropriação favorável a eles. Ainda não estão definidos a quantidade de moradias e o orçamento do empreendimento. 
De acordo com o chefe de Governo da Prefeitura, Sério Marrano, o loteamento vai resolver um dos grandes problemas sociais de Mogi. "Havia uma quantidade de famílias. Uma parte foi beneficiada com a desapropriação pelo Incra, outra pelos imóveis do Minha Casa, Minha Vida. O que sobrou era a parte que não quis deixar o local porque queria continuar lá. Isso vai ser possível agora com esse empreendimento que a Itaquareia está projetando. É importante ressaltar, no entanto, que o que há é um interesse manifestado e que nenhum projeto foi apresentado para nós", disse. Na Prefeitura, a liberação do projeto levaria cerca de seis meses para ocorrer.


A expectativa é de que o financiamento dos imóveis a ser oferecido às famílias seja de dez anos. "Nossa ideia é um prazo bem facilitado para atender necessidades maiores. Esperamos contar com a Prefeitura para nos ajudar a baratear as obras e para que possamos refletir isso no valor do imóvel. O que pedimos é que, com essa informação, os moradores que estão lá e fazem parte de um acordo não tentem vender a área ou coisa parecida. Se isso acontecer vai perder todo mundo", disse Franco.


O Mogi News não localizou o advogado dos chacareiros, Carlos Zambotto, para comentar a medida. Na Prefeitura, a concretização do projeto deverá causar a retirada da ação de desapropriação movida contra a Itaquareia.


Fonte:Mogi News