quarta-feira, 29 de junho de 2011

Zoneamento:Vereadores rebatem acusações

Guilherme Berti

"A OAB tem um representante no Conselho da Cidade e, contraditoriamente, também votou favorável (às mudanças no zoneamento). Ele (Marco Soares) quer aparecer na mídia". Mauro araújo, presidente da Câmara
Um dia após o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Mogi, Marco Soares Junior, entrar com duas representações no Ministério Público (MP) contra a mudança do zoneamento proposta pela Câmara Municipal, os vereadores rebateram as críticas. Olímpio Osamu Tomiyama (PTB) afirmou durante a sessão de ontem que encaminhará à Prefeitura um ofício para que seja averiguada a concessão do direito real e uso do terreno localizado atrás da sede da OAB, instalada na avenida Doutor Cândido Xavier de Almeida e Souza, no Centro Cívico. "A área é municipal e foi repassada em 2003, pelo prazo de 30 anos, para a construção da Caasp (Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo), o que não foi feito", lembrou.


Acusações de que Soares Junior estaria usando o cargo como "palanque eleitoral" também foram feitas pelos parlamentares. "Ele quer aparecer na mídia", afirmou o presidente do Legislativo, Mauro Araújo (PSDB). "O Conselho da Cidade (órgão que representa a população no processo de mudança do zoneamento, de acordo com a Lei Orgânica) aprovou a maioria das mudanças indicadas pela Câmara. O mais interessante é que a OAB tem um representante neste conselho e, contraditoriamente, também votou favorável", destacou Araújo.


Soares Junior frisou que "a retaliação dos parlamentares é lamentável". Segundo ele, a decisão de entrar com as representações foi tomada por "toda a diretoria". 
"A área para a construção da Caasp foi doada pelos relevantes serviços prestados à população e as obras só não tiveram início porque aguardamos a Prefeitura corrigir as imperfeições do terreno", rebateu. 
O promotor de Justiça Fernando Lupo informou ontem que ainda não havia recebido as representações da OAB. 
"Assim que estiver em posse, vou analisá-las e a primeira ação será solicitar informações à Câmara", disse o promo-tor, que é responsável pelas ações civis públicas, que, acatadas pela Justiça, paralisaram as mudanças no zoneamento ocorridas em 2009 e em 2010. (C.L.)


Fonte:Mogi News