sábado, 11 de junho de 2011

Miyake na CBN

Mauricio Sumiya



O diretor da Rede Básica da Secretaria Municipal de Saúde, Cláudio Miyake, foi o entrevistado de ontem do jornalista Milton Jung, no Jornal da CBN - 1a. Edição, logo às 6h40. Miyake explicou o cruzamento de informações do Sistema Integrado de Saúde, o SIS, implantado recentemente em Mogi, que vem permitindo a descoberta de casos de violência doméstica contra crianças a partir de um moderno sistema de consultas médicas, marcado e executado nos postos de saúde municipais.


Sucesso mogiano
Miyake confirma o sucesso do SIS, que na segunda-feira já havia sido objeto de longa matéria no Jornal Nacional, quando se entrevistou o secretário municipal de Saúde, Paulo Villas Bôas de Carvalho, a diretora da Vigilância Epidemiológica, Tereza Nihei, e o médico-legista e diretor do Cejam, Wilmes Gonçalves Gonçalves Teixeira.


Ideia luminosa
O auditor tributário Paulo Bérgamo dos Santos, que mora em Mogi e é autor do projeto, teve o nome citado na entrevista de Miyake. Bérgamo sugeriu à Prefeitura que integrasse as informações e passasse a detectar expedientes suspeitos, como a passagem de crianças por postos de saúde diferentes, levados por pais ou responsáveis, com o objetivo claro de descaracterizar agressões contínuas feitas dentro de casa.


Wilmes
Daniel Carvalho

Trata-se da chamada Síndrome do Bebê Espancado, a Sibe. A denominação foi criada por outro mogiano, há mais de três décadas, Wilmes Teixeira, que é uma das figuras mais ilustres da medicina-legal brasileira. Membro da American Academy of Forensic Science e livre-docente, Wilmes, em entrevista concedida em 2008 a um site de combate a agressões contra crianças, por conta do caso Isabella Nardoni, foi citado como pai da "matéria".


É coisa nossa
Na entrevista, Wilmes, disse: "Na verdade, fui eu quem deu esse nome de Sibe. A Sibe vem de 1978. Publiquei na Revista Paulista de Medicina o primeiro artigo sobre a síndrome. O bebê não entende a agressão, não se defende. Como não anda, não escapa; como não fala, não denuncia".


Espaço total



Miyake, que falou à CBN por oito minutos, explicou a preocupação da administração Marco Bertaiolli em modernizar o atendimento de saúde, formar um banco de dados ágil e com recursos e, por fim, interagir para combater e punir a violência, não somente contra crianças, mas também contra idosos e mulheres.


Carta
"Acabaram-se as vagas no Legislativo". Eis o título da carta enviada por Antonio Carvalho (plcdcarvalho@bol.com.br) à coluna, cujo conteúdo é interessante: "Conforme venho acompanhando as publicações, principalmente na Contracapa, neste veículo de comunicação do qual sou assinante, parece-me que as eleições ocorrerão já neste final de semana. 1º) apareceu um líder da bancada do PR afirmando que o mesmo iria eleger 10 candidatos ao Legislativo; 2º) após, veio outro que disse que iria eleger seis da base aliada do Executivo (DEM); 3º) agora, aparece um dizendo que irá eleger 4 (PMDB) e outro ainda dizendo que elegerá pelo menos 3 (PT).


Parece-me que em vez dos eleitores mogianos decidirem em quem vão votar, são os aludidos, porém, já eleitos atualmente, que decidem pelo eleitorado mogiano".




Pelo ladrão
E Carvalho tem razão. Somadas as potenciais bancadas dos principais partidos, a Câmara não terá as anunciadas 23 cadeiras, mas acima de 70. Trata-se do voto virtual ou, mais propriamente, de uma conversa de pescadores partidários, que tal como aqueles que vão à beira do rio e voltam contando vantagens impossíveis, saem elegendo por eles mesmos suas bancadas, muito antes de ir às urnas. Durma-se com um barulho desses.




Mãos à obra
Nessa esteira, a Câmara, sob a determinação do presidente Mauro Araújo (PSDB), que se prepara para abrigar - segundo a lei, não os dirigentes pescadores, mais sete parlamentares -, deve iniciar em breve uma reforma para ampliação, inclusive com a construção de novos gabinetes para os edis, que irão se multiplicar como chuchu na cerca.


Reminiscências
Guilherme Bertti

O prédio, construído entre os anos de 1979 e 1980, na segunda administração de Waldemar Costa Filho, foi um arrojo para a época, inclusive pelo fato de WCF, um gozador, ter mandado fazer um plenário que mais parece um sarcófago. Antes, o Legislativo vivia em prédios emprestados ou alugados, como o Teatro Vasquez, que ficou, durante anos desativado para as artes, um salão comercial na rua Barão de Jaceguai e até o prédio que pertencia à antiga Caric, que hoje dá espaço à Lojas Americanas, na Avenida dos Bancos.


Fonte:Mogi News