domingo, 19 de junho de 2011

Dois casos

Guilherme Bertti/ Maurício Sumiya



Uma fonte digna de crédito avalia que a declaração de guerra feita pelo prefeito da capital, Gilberto Kassab, ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e aos secretários de Estado de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia, e de Desenvolvimento Econômico, Alexandre de Moraes, deflagrada esta semana, por causa de denúncias de irregularidades na formação legal do PSD, não afeta a relação de amizade e cooperação política do prefeito Marco Bertaiolli (DEM) e do deputado federal Junji Abe.


Junto e misturado
"Bertaiolli e Junji têm dinâmica própria, interesses em comum e não vai importar uma guerra fraticida para dentro de Mogi. Aqui, como combinado há tempos, Bertaiolli será candidato à reeleição e juntará ao seu lado o importante aporte de Junji e o poder de fogo do Boy (deputado federal Valdemar Costa Neto)", disse uma fonte ligada ao atual prefeito, que mantém bom relacionamento com Junji.




O joio e o trigo
E disse mais: "Bertaiolli, diferentemente do Garcia e do Moraes, embora atualmente distante de Kassab, com quem teve uma história política interligada, permanece leal e o considera um amigo. O fato de ter arremetido o voo em direção ao PSD foi meramente estratégico, mas reserva também a dose de ética e lealdade a Alckmin, que é quem, de fato, vai impulsionar, com obras importantes, sua reeleição".


Divulgação

Amigos da onça - I
Vergonhosa a visita dos deputados estaduais e federais à Santa Casa de Suzano, ocorrida na sexta-feira. Capitaneado pelo petista Marcos Martins, que carregou a tiracolo o federal da região Roberto de Lucena (PV), o grupo veio para nada enxergar e nada concluir, apenas para socializar a incompetência mortal da Prefeitura de Suzano, que, interventora, deixou que 19 bebês morressem na UTI Neonatal nos últimos tempos.


Amigos da onça - II
Com o discurso pronto, o de que mortes em UTIs Neonatais ocorrem em todo canto, os parlamentares alinhados a Candido vieram apagar o incêndio de um escândalo. Saíram chamuscados. Não fosse o deputado estadual Milton Vieira (DEM), que mora no Aruã e conhece bem a região, e a pizza seria servida ali mesmo.




Sem pizza
Resta agora ao Ministério Público a tarefa de prosseguir com as investigações e denunciar, se achar por bem, os culpados pelas mortes em série, impedindo com que o compadrio da base petista estadual e federal se perpetue na mais lamentável impunidade.


Divulgação

Drive-thru
O McDonald´s deve investir em breve na construção de um drive-thru em Suzano. O ponto é um terreno em região valorizada, nas proximidades do Paço Municipal. Com grande movimento no Suzano Shopping, o grupo americano, cujo franqueado é o mogiano Roberto Pestana, proprietário também de unidade instalada há mais de 15 anos no Mogi Shopping, anima-se cada vez mais com o mercado suzanense, que atrai o consumo da nova classe média de praticamente toda a região leste da Grande São Paulo.


Sorte e azar
Um dos primeiros entusiastas, nos anos 70 e 80, da construção de um hospital em Brás Cubas, o ex-vereador Tarcísio Damásio da Silva, pai do secretário de Desenvolvimento, Marcos Damásio, ganhou a "sorte" inesperada. Será vizinho do hospital, cuja pedra fundamental será lançada na quarta-feira, dia 22.








Vizinho amigo
Tarcísio Damásio, insistente, era tido como alguém que incomodava muita gente para ter seu sonho de consumo, o de um hospital ao lado de casa, em breve vai morar ao lado de um. 
Daniel Carvalho

Monstros sagrados
No lançamento da nova região metropolitana de São Paulo, na quinta-feira, na capital, chamou a atenção a presença de ex-governadores, todos com alguma história referente a Mogi. Laudo Natel (1970-1974), Paulo Maluf (1979-1982), José Maria Marin (1982), Almino Afonso (1990) e Alberto Goldman (2010) foram acompanhados de Ricardo Montoro, filho de Franco Montoro (1983-1987), e Alaíde Quércia, viúva de Orestes Quércia. Faltaram Cláudio Lembo (2006) e José Serra (2007-2010).


Todos com Mogi
Natel foi quem autorizou a pavimentação e a sinalização da rodovia Mogi-Dutra. Tinha como secretário de Transportes Paulo Maluf, que depois foi governador e ajudou a construir a Mogi-Bertioga. Marin ficou seis meses no poder, em substituição a Maluf, mas tinha afinidades com Mogi, dos tempos em que foi jogador profissional de futebol, nos anos 50. Afonso foi um dos pivôs do escândalo Mogigate, mas acabou ileso. Goldman passou seis meses entrando em divididas com a cidade, como o Cadeião e o Lixão. Acabou entregando o Lixão como presente de grego a Alckmin.


Fonte:Mogi News