Deslizamento contamina córrego

Deslizamento contamina córrego

problema Santos, da Cetesb, participou da vistoria ao córrego

As análises de amostras do Córrego Taboãozinho, em Itaquaquecetuba, colhidas nos dias seguintes ao deslizamento da pilha de resíduos do Aterro Sanitário Pajoan, revelaram alterações na qualidade das águas. A informação foi divulgada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

Segundo o órgão, as coletas foram realizadas por vários dias, a montante e a jusante do ponto onde o acidente provocou o transbordamento dos tanques de tratamento de chorume, que atingiu o corpo d’água. "Essas medidas fazem parte das medidas emergenciais adotadas pela Agência Ambiental de Mogi das Cruzes, para minimizar o impacto provocado pelo escorregamento ocorrido no aterro sanitário de Itaquaquecetuba", diz a assessoria da Cetesb.

A informação sobre a contaminação do Córrego é do diretor de Controle e Licenciamento Ambiental da Cetesb, Geraldo Amaral, que fez uma vistoria no aterro, junto com o gerente da Agência Ambiental de Mogi das Cruzes, Edson Santos, acompanhado ainda do gerente do Departamento de Gestão Ambiental, Ronald Pereira Magalhães, e do assistente executivo Jorge Sakotani. Participaram também do trabalho os técnicos Francisco Benedito Arado e Paulo Garcia de Oliveira, da Agência Ambiental de Mogi das Cruzes.

Amaral afirmou que os laudos laboratoriais estão sendo analisados pelos técnicos da Agência de Mogi, cuja divulgação deverá ser feita pelo gerente Edson Santos, nos próximos dias, incluindo as providências a serem tomadas.

O diretor salientou que o atendimento feito pela agência ambiental, priorizando especialmente a reabertura do acesso da Estrada do Ribeiro, isolada pela pilha de resíduos que chegou a atingir altura superior a 12 metros, segue as diretrizes técnicas da Cetesb, "cuja preocupação é o bem-estar da população e a proteção do meio ambiente".

"Além da reabertura dessa estrada, a nossa preocupação é com a segurança da comunidade que faz uso dessa via de circulação, evitando que novos deslizamentos possam colocar em risco à vida das pessoas", afirmou Amaral.

Aterro em Mogi

Enquanto em Itaquaquecetuba a comunidade luta para tirar da porta de casa o lixo que desmoronou com a explosão do Aterro Pajoan, em Mogi, os membros do Movimento "Aterro, Não!" lutam para conseguir novas adesões às manifestações contra a instalação de um aterro pela empreiteira Queiroz Galvão, no Taboão. Hoje, às 8h30, eles participarão de um café da manhã, na sede mogiana do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), com o objetivo de obter um "firme posicionamento do Ciesp na defesa do Taboão e contra o malfadado lixão".

Fonte:O Diário de Mogi