quinta-feira, 2 de junho de 2011

Câncer: Novos pacientes são barrados


Câncer:
Novos pacientes são barrados
Centro Oncológico e Hospital do Câncer estão recusando atendimento por falta de verba
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Maurício Sumiya
Denúncia é de que as unidades de saúde pararam de receber novos pacientes na terça-feira
O Centro Oncológico de Mogi das Cruzes e o Hospital do Câncer Dr. Flávio Isaías Rodrigues tiveram as cotas de custeio dos tratamentos bloqueadas pelo governo do Estado e suspenderam o atendimento a novos pacientes.
A denúncia foi feita pela vereadora Emília Letícia Rossi Rodrigues (PT do B) durante a sessão de ontem na Câmara Municipal. Assim que descobriu o problema, ela elaborou uma moção ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e aos deputados da região solicitando "que realizem esforços para revogar a paralisação do atendimento oncológico nos municípios do Alto Tietê". O documento foi aprovado por unanimidade.

"A paralisação ocorreu ontem (terça-feira)", disse Emília. Ela revelou que a justificativa apresentada foi falta de verba. Somente no hospital, recebem tratamento, por mês, cerca 100 pacientes da região.
Desde ontem, os moradores da região que buscam este tipo de especialidade são encaminhados para o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Na moção, a vereadora afirma que, para chegar ao local de referência, será preciso se locomover até a região oeste da capital, por meio de trem ou ônibus, com um percurso de aproximadamente quatro horas, entre ida e volta.

O documento relata que um eventual problema, como a greve dos ferroviários, pode impossibilitar a eficácia do acompanhamento clínico. Os tratamentos oncológicos, especificamente quimioterapia e radioterapia, são realizados na maioria dos casos por um período de, no mínimo, 35 dias úteis sem intervalos.

Outra questão apontada pela vereadora é que os pacientes estão, muitas vezes, debilitados e com efeitos colaterais decorrentes do tratamento e da própria doença e, após as sessões de quimioterapia, ocorre um mal-estar. Além disso, as pessoas têm de enfrentar os transtornos de uma longa viagem e é preciso que haja um acompanhante, o que encarece o trajeto. "Por tudo isso é que este atendimento não pode deixar de ser feito", afirmou Emília.

Fonte:Mogi News