terça-feira, 17 de maio de 2011

Assessoria de Palocci envia ao Senado esclarecimentos sobre aumento de patrimônio

Assessoria de Palocci envia ao Senado esclarecimentos sobre aumento de patrimônio

Iolando Lourenço
Da Agência Brasil
Em Brasília

  • Antonio Palocci ao assumir a chefia da Casa Civil
    Antonio Palocci ao assumir a chefia da Casa Civil

O ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, prestou hoje (17) esclarecimentos sobre a matéria publicada pela Folha de S.Paulo, no domingo (15), na qual o jornal noticia o aumento de seu patrimônio. Por meio de e-mail enviado pelo assessor especial da Casa Civil, Thomas Traumann, para a liderança do DEM no Senado e divulgado no final da tarde, o ministro afirma que todas as informações relacionadas a sua evolução patrimonial constam de sua declaração de renda de pessoa física.
O texto diz também que todas as informações sobre a empresa Projeto e as medidas tomadas para prevenir conflito de interesse foram registradas na Comissão de Ética Pública da Presidência da República quando tomou posse como ministro. Segundo o e-mail, a empresa Projeto prestou serviços para clientes da iniciativa privada, tendo recolhido sobre a remuneração todos os tributos devidos. Ele afirma ainda que o patrimônio auferido pela empresa foi fruto da atividade de consultoria e é compatível com as receitas alcançadas nos anos de exercício.
“No mercado de capitais e em outros setores, a passagem pelo Ministério da Fazenda, BNDES ou Banco Central proporciona uma experiência única que dá enorme valor a estes profissionais no mercado. Não por outra razão, muitos se tornaram, em poucos anos, banqueiros como os ex-presidentes do Bacen e BNDES Pérsio Arida e André Lara Rezende, diretores de instituições financeiras como o ex-ministro Pedro Malan ou consultores de prestígio como ex-ministro Mailson da Nóbrega” afirma o assessor da Casa Civil.
Ainda de acordo com o e-mail, “não há nenhuma vedação que parlamentares exerçam atividade empresarial, como atesta a grande presença de advogados, pecuaristas e industriais no Congresso. Levantamento recente mostrou que 273 deputados federais e senadores da atual legislatura são sócios de estabelecimentos comercial, industrial, de prestação de serviços ou de atividade rural”.
A nota esclarece também que o objeto da sociedade foi modificado antes da posse de Palocci para vedar qualquer prestação de serviço que implique conflito de interesse com o exercício de cargo público. Ainda de acordo com o documento enviado aos senadores, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República concluiu que os esclarecimentos prestados pelo ministro quando da posse são suficientes e descartou qualquer irregularidade.