terça-feira, 17 de maio de 2011

Queiroz Galvão: Movimento ameaça ir à Justiça contra falta de técnico em boxe

Queiroz Galvão:
Movimento ameaça ir à Justiça contra falta de técnico em boxe
Líderes afirmam que a empresa deveria colocar uma pessoa à disposição da população para dar explicações
Bras Santos
Da Reportagem Local
Guilherme Bertti
Boxe com o EIA/Rima sobre o aterro que a Queiroz Galvão quer implantar em Mogi foi reaberto ontem por causa de uma decisão judicial
O movimento "Aterro Não" quer protocolar nos próximos dias uma ação judicial para forçar a empreiteira Queiroz Galvão a manter técnicos especializados à disposição da população que pretende analisar o conteúdo do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) do aterro sanitário que a empresa quer instalar no distrito industrial do Taboão, na região norte de Mogi das Cruzes.

"Com essa ação que deverá ser levada para apreciação da Justiça de Mogi até o fim da semana, queremos que a análise do documento seja suspensa até que a empresa coloque pessoas com conhecimento técnico para explicar detalhes do EIA-Rima. Hoje, quem procura informações técnicas sobre as implicações do aterro precisa ler com atenção as centenas de páginas que fazem parte do estudo", destacou Mário Berti, integrante do movimento.
Berti observou, entretanto, que ainda não está definida qual entidade (integrante do "Aterro Não") vai elaborar a ação que será proposta à Justiça local: "Queremos que a Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mogi assuma o compromisso de preparar e protocolar esse documento ao Judiciário", ressaltou Berti. O advogado Gustavo Ferreira observou que o dono (Raul Vasconcelos) do terreno onde a Queiroz Galvão quer instalar o aterro já se antecipou ao dizer que não tem a obrigação de manter um especialista no boxe onde o EIA-Rima pode ser consultado: "Esse senhor (representante da Queiroz Galvão em Mogi) disse a uma emissora de rádio que a empresa só precisaria colocar um especialista à disposição da população no dia da audiência (marcada para 21 de junho, na Associação Cultural Bunkyo). Isso é o que ele acha. Mas nós vamos pedir à Justiça que o acesso ao documento seja suspenso até que um técnico esteja no local para ajudar a população", reforçou Ferreira.


Outras ações
Berti e Ferreira falaram sobre a decisão de acionar a Queiroz Galvão pela falta de um especialista no boxe do Mogi Plaza quando se preparavam para seguir para a capital. Eles fizeram um protesto diante da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, onde o secretário Bruno Covas recebeu o prefeito de Mogi das Cruzes, Marco Aurélio Bertaiolli (DEM), para uma audiência.
"Independentemente do resultado dessa reunião, o movimento continuará trabalhando em nome da sociedade civil para barrar a audiência pública e a instalação do aterro regional", argumentou Berti, que comanda a Associação Guerrilheiros do Itapeti.

Ele adiantou que o movimento tomará outras providências nas próximas semanas com a meta de inviabilizar o empreendimento da Queiroz Galvão: "Nós vamos provar que o Bunkyo não tem condições de receber a audiência pública", comentou o ativista.

Fonte:Mogi News