terça-feira, 17 de maio de 2011

Resposta de Bruno Covas decepciona

Lixão
Resposta de Bruno Covas decepciona
Bertaiolli queria o cancelamento da audiência sobre o Lixão, mas secretário disse que não pode decidir sozinho
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Osvaldo Birke
Reunião entre o prefeito Marco Bertaiolli e outras autoridades mogianas com o secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas foi na capital
Foi em clima tenso, em uma reunião a portas fechadas no gabinete do secretário de Estado do Meio Ambiente, Bruno Covas, em São Paulo, que o prefeito de Mogi das Cruzes, Marco Bertaiolli (DEM), pediu a prorrogação da data da audiência pública sobre o aterro sanitário da Queiroz Galvão, marcada para o dia 21 de junho. Pressionado, o secretário afirmou que não poderia autorizar o cancelamento sozinho, mas que levará o pedido para discussão no Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), que decidirá se atende ou não a solicitação de Mogi, no próximo dia 25 de maio.
A Imprensa não pôde acompanhar a reunião, que durou pouco mais de uma hora e meia, mas, durante entrevista coletiva, foi fácil identificar o clima tenso da conversa. "Respeito e tenho carinho pelo secretário, mas estou aqui como advogado de defesa de Mogi. O governo do Estado de São Paulo inundou 35 quilômetros de Mogi para que São Paulo tenha água. Não é justo deixar que este empreendimento se instale na cidade, já que este aterro não vai receber um quilo sequer do lixo mogiano, porque este Lixão é para atender São Paulo. O clima é tenso porque a situação em Mogi está tensa", disse o prefeito.
Bertaiolli foi à capital pedir o cancelamento da audiência pública e a prorrogação por mais 90 dias da nova data do evento. "Nós levamos 45 dias só para contratar a empresa que fará o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) da Queiroz. Este prazo não foi suficiente para Mogi se posicionar. Tenho certeza de que o governo do Estado vai dar esta prorrogação para a cidade, que vai mostrar de forma técnica que o projeto tem flagrantes de irregularidades, como a troca do projeto no meio do processo, sem que a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) solicitasse uma nova Certidão de Uso e Ocupação do Solo", afirmou Bertaiolli.
O secretário de Meio Ambiente foi enfático ao dizer que, sozinho, não poderia cancelar a audiência. "A secretaria não pode julgar se o empreendimento é bom ou não. Ela só pode analisar se ele está ou não de acordo com as normas técnicas. Mesmo sendo um projeto ultrapassado, não tenho o que fazer", disse. Covas voltou a defender a realização da audiência pública, que é uma das etapas para a instalação do aterro. "A audiência pública é sempre uma forma de a população se posicionar", disse.

Fonte:Mogi News