SaúdeSanta Casa justifica demora em atendimento a grávidas
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Amilson Ribeiro
Pacientes dizem que ficaram cerca de 4 horas esperando
A Santa de Casa de Mogi das Cruzes informou ontem que a espera "além do normal" registrada no atendimento do centro obstétrico em 1º de junho, a sexta-feira do feriado prolongado de Corpus Christi, foi motivada por "problemas com dois partos de risco, que apresentaram complicações e necessitaram da presença dos médicos obstetras com urgência naquele momento". "Assim que normalizada a ocorrência, o atendimento às gestantes que aguardavam a realização de exames e outros procedimentos foi normalizado", justifica a nota encaminhada pela Assessoria de Imprensa do hospital.
A instituição informou, ainda, que "a escala formada por três médicos plantonistas estava completa". No entanto, fontes ligadas ao setor garantiram ao Mogi News que dois profissionais abandonaram o plantão, o que sobrecarregou o único médico que continuou na unidade. A dupla que não cumpriu a carga horária era responsável pelo atendimento de grávidas no Pronto-Socorro e o terceiro nome da equipe ficava na sala onde as mulheres estavam internadas. Ele teve de sair do setor obstétrico e atender as grávidas que chegavam ao PS.
A Santa Casa garante que a espera "além do normal" foi de uma hora e meia. Já as mulheres que entraram em contato com a reportagem na ocasião contaram que a demora foi de mais de quatro horas.
De acordo com informações apuradas pelo MN, os plantões, durante o dia, são formados sempre por três médicos: dois na sala de internação e outro no PS. A carga horária de segunda a sexta-feira é de 12 horas: das 8 às 18 horas e das 18 horas às 8h. Durante o dia, ficam três profissionais e à noite apenas dois. No fim de semana, dois acabam sendo responsáveis por cobrir 24 horas de serviço.
A demora no atendimento teria ocorrido em 1º de junho, porque um médico teria ido embora por volta das 15 horas. Em seguida, por volta das 16 horas, o segundo profissional deixou o hospital.
As grávidas que chegavam ao PS recebiam o primeiro atendimento das enfermeiras e eram encaminhadas para a observação.
Por volta das 18h30, o responsável pelo centro obstétrico se viu obrigado a deixar o posto e fazer o atendimento das mulheres no setor de observação, que seria de responsabilidade da dupla que havia saído. Neste momento, cerca de 20 grávidas aguardavam
atendimento.
Outra acusação feita por pessoas ligadas à Santa Casa é que há entre os médicos responsáveis pela obstetrícia profissionais sem especialização na área.
Fonte:Mogi News
