quarta-feira, 5 de junho de 2013

Saúde Cidade registra mais um caso de morte causada pelo vírus H1N1

Saúde
Cidade registra mais um caso de morte causada pelo vírus H1N1
Vírus fez a segunda vítima em Mogi das Cruzes: um homem de 40 anos que morava no bairro Vila Oliveira
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Divulgação

Médicos alertam para o risco de contágio entre as pessoas por meio do espirro e da tosse e recomendam medidas de prevenção
Um homem de 40 anos é mais uma vítima em Mogi das Cruzes do vírus H1N1, da popularmente conhecida como gripe suína ou gripe A. Ele morreu na madrugada de ontem, em decorrência da complicação do quadro clínico, após ficar pouco mais de uma semana internado num hospital particular da cidade. A confirmação foi feita ontem de manhã por Tereza Nihei, médica da Vigilância Epidemiológica municipal.

Os dados da vítima, assim como as informações da região onde ele morava ou trabalhava, não foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde. Contudo, segundo apurou o Mogi News, o homem, um empresário, morava na Vila Oliveira e foi sepultado ontem à tarde. 
É a segunda morte ocorrida no município pela doença (e a terceira no Alto Tietê) num intervalo de pouco mais de dois meses. A primeira vítima na região foi uma mulher, jornalista, de 36 anos, que residia em Ferraz de Vasconcelos. Em 30 de abril, um homem mogiano, de 33 anos, que morava no Botujuru e também não teve a identidade revelada, faleceu por causa do H1N1. 
Ao todo, só neste ano, segundo dados da Vigilância Epidemiológica municipal, são 28 casos suspeitos e oito vítimas confirmadas com H1N1 em Mogi. A Influenza A ou H1N1 é uma doença viral aguda, de transmissão de pessoa para pessoa, especialmente através de gotículas expelidas por tosse ou espirro. Algumas pessoas também podem se infectar entrando em contato com objetos contaminados com secreções de pessoas doentes. 
Os sintomas são semelhantes aos da gripe comum, como febre alta e tosse, mas em alguns casos também podem aparecer dor de cabeça, dores no corpo, dor de garganta, falta de ar, cansaço, diarreia e vômitos. É de extrema importância evitar a automedicação. Em casos suspeitos, a principal orientação é procurar assistência médica (veja quadro nesta página).


Alerta 
A médica Tereza Nihei admitiu que o momento é de alerta. "Há regiões no Estado onde a situação é está pior, com surtos da doença. Entretanto, causa muita preocupação na Vigilância Epidemiológica o período em que os casos suspeitos estão surgindo. 
A expectativa era de que o problema surgisse a partir de junho ou julho, por conta do inverno, mas neste ano foi diferente: começaram a surgir os primeiros casos em abril. Então, é possível que surjam mais casos ainda neste ano e, portanto, precisamos ficar atentos à prevenção e também à identificação dos sintomas, já no posto de saúde", comentou Tereza, chamando atenção inclusive para outras variações da enfermidade, como a influenza H9N9, contabilizada em países da Europa. Hoje, funcionários da Secretaria Municipal da Saúde receberão cursos de capacitação no Centro Municipal de Formação Pedagógica (Cemforpe) sobre a doença. 

Vacinação
A Secretaria Municipal de Saúde continua até o dia 14 deste mês o trabalho de vacinação contra a gripe no município. Até o momento, 52.410 pessoas foram imunizadas, o que corresponde a 85,21% da população estimada para os grupos assistidos (gestantes, idosos, crianças entre 6 meses e 2 anos, além de doentes crônicos), segundo a administração municipal. 
De acordo com a médica Tereza Nihei, a vacina utilizada protege contra os três tipos principais de vírus que circulam no Hemisfério Sul, entre eles o da influenza A (H1N1) e está disponível de segunda a sexta-feira em todos os postos de saúde e unidades do Programa Saúde da Família (PSF). "A vacina é segura e a contraindicação é apenas para pessoas com histórico de alergia grave a ovo", concluiu.

Fonte:Mogi News