SaúdeMP volta a questionar Hospital Luzia
Promotor quer explicações a respeito dos serviços de radioterapia e tomografia e sobre a implantação de UTI
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Jorge Moraes
Prazos para implantação de serviços no Luzia de Pinho Melo foram questionados por promotor
O promotor de Justiça da Saúde Pública, Fernando Paschoal Lupo, voltou a cobrar do governo do Estado investimentos e ações para melhorar os serviços de radioterapia, tomografia, além de implantação de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo.
O representante do Ministério Público encaminhou novo ofício à Secretaria de Estado da Saúde questionando os prazos para a implantação dos serviços, que até então estavam prometidos para o fim de 2012 e início de 2013.
A medida, aliás, ocor-reu após a Procuradoria Geral do Estado autorizar a prorrogação por mais 180 dias do inquérito civil que avalia as condições de atendimento de pacientes com câncer, após o cancelamento de contrato entre a Secretaria de Estado da Saúde e o Hospital do Câncer Dr. Flávio Isaías Rodrigues.
O promotor de Justiça quer ainda que o governo do Estado apresente o relatório da auditoria realizada no ano passado no HC de Mogi, que teria identificado algumas irregularidades técnicas e fraude de documentos.
"Precisamos saber o que de fato foi constatado nesta auditoria, que culminou no descredenciamento do Hospital do Câncer e transferência de alguns pacientes para o Hospital Luzia de Pinho Melo. O inquérito não pode ser concluído sem este e outros documentos, assim como outras diligências que precisam ser feitas", explicou Lupo, sem dar detalhes das novas ações.
Entre os documentos, que são aguardados pelo representante do Ministério Público, está o resultado da sindicância realizada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) sobre as eventuais irregularidades cometidas por profissionais do Hospital do Câncer, na mesma denúncia apresentada em maio passado pela Secretaria de Estado da Saúde.
Tomografia e UTI
Mais do que descobrir se houve fraude ou irregularidade no atendimento aos pacientes com câncer tratados no Hospital Dr. Flávio Isaías, no passado, o promotor de Justiça de Mogi quer saber do Estado quando e quais serão os investimentos para reduzir os problemas de superlotação e a má acomodação de pacientes, tanto no setor de Pronto-Socorro como no ambulatório.
O promotor Fernando Lupo questionou o Estado sobre a possibilidade de implantação de um segundo aparelho de tomografia, um equipamento para e-xames de ressonância magnética, além de ins-talação de UTI no andar superior. Por meio de ofício, encaminhado no mês passado, o chefe de gabinete da Coordenadoria de Gestão de Contratos e Serviços de Saúde da Secretaria Estadual, Eduardo Ribeiro Adriano, afirmou que tanto a tomografia quanto a UTI estão previstas em investimentos no decorrer de 2013.
Fonte:Mogi News
