sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Prefeitura fecha 12 casas noturnas em Mogi


Prefeitura fecha 12 casas noturnas em Mogi
SEX, 01 DE FEVEREIRO DE 2013 00:00
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Casa noturna Glass Club, na região central da Cidade, é uma das que apresentam problemas / Foto Eisner Soares


O prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD) determinou ontem (31) a interdição de mais 12 casas noturnas de Mogi das Cruzes, em razão de irregularidades na documentação. Destas, sete estão com os Autos de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCBs) vencidos e outras cinco simplesmente não possuem o documento que deveria garantir a segurança dos estabelecimentos.

A lista completa, que deverá ser publicada hoje em edital da Prefeitura, foi divulgada na manhã de ontem à Imprensa, durante entrevista coletiva. Bertaiolli afirmou que as ações de fiscalização terão continuidade nos próximos dias e que, caso sejam constatados novos problemas, haverá novas interdições. O prefeito fez um apelo aos proprietários que fechem seus empreendimentos por iniciativa própria para que sejam evitados eventuais constrangimentos futuros.

A lista foi fechada na manhã desta quinta-feira durante reunião em que o Corpo de Bombeiros comunicou oficialmente à Secretaria de Segurança Pública o funcionamento irregular dos estabelecimentos. As notificações aos proprietários começaram a ser entregues na noite de ontem. Na relação divulgada pela Prefeitura, há cinco casas noturnas localizadas no Centro da Cidade, sendo que a mais conhecida é a Glass Club. Conforme apurado pela reportagem, o AVCB da boate venceu na primeira semana de janeiro e os proprietários já iniciaram o processo de regularização. Também na área central, foram interditados o estabelecimento Art’s Bar, Show Bar e Chão de Estrelas. Ainda consta na lista a casa República, localizada na Rua Coronel Marcolino Paiva. Porém, a reportagem passou pelo local e verificou que o imóvel está vazio.

No Parque Monte Líbano, região onde estão concentradas as principais casas noturnas da Cidade, a nova interdição abrangeu dois estabelecimentos. O bar Monte Líbano, localizado na Rua José Urbano Sanches, e a boate Chaplinn, instalada em tradicional ponto da Rua Duarte de Freitas, não poderão funcionar enquanto não providenciaram os AVCBs, que estão vencidos. Nas mesmas imediações, ainda foram suspensas as atividades da Petiscaria Babilônia, que está funcionando sem autorização. Todas as outras interdições são de empreendimentos localizados em áreas mais afastadas da Cidade.

Em Jundiapeba, foi determinado o fechamento da Choperia Mineirin, localizada na Avenida Lourenço de Souza Franco. Em Taiaçupeba, o estabelecimento conhecido como “Pizzaria do Zezinho” também foi interditado. Por fim, completam a lista dois estabelecimentos localizados à margens da Rodovia Mogi-Dutra, nos números 120 e 1.385. Porém, esse primeiro não foi localizado pela reportagem e no segundo funciona atualmente uma casa de material para construção. Com as medidas anunciadas ontem, já somam-se 15 interdições em Mogi das Cruzes nesta semana. Na terça-feira, a Prefeitura suspendeu o funcionamento dos bares Cantagalo e Norival. No dia seguinte foi a vez da casa noturna Blue Apple.

“Todas essas casas noturnas foram interditadas porque foram constatadas irregularidades no que diz respeito ao AVCB. Os proprietários deverão providenciar a documentação para reabrir e o Corpo de Bombeiros está à disposição deles para que isso ocorra da forma mais rápida possível. Porém, não será tolerado desrespeito à interdição. Se algum desses locais mantiver o funcionamento, o alvará será cassado imediatamente”, disse o prefeito.

Ontem, o prefeito admitiu que essa relação poderá aumentar nos próximos dias. “Caso a fiscalização constate que há irregularidades, haverá novas interdições. Os proprietários que estão irregulares sabem disso. Eu diria a eles que se conscientizem e que interrompam o atendimento por iniciativa própria. Será muito desagradável se no final de semana os estabelecimentos tiverem de ser esvaziados em função da fiscalização”.

O alto número de interdições feitas nos últimos dias deixou clara a fragilidade da fiscalização no setor. Bertaiolli anunciou novas medidas (leia mais nesta página), mas não afirmou que existam falhas. “Eu não acho que a fiscalização demorou a chegar. Eu acho que a fiscalização precisa ser permanente”. (Júlia Guimarães)


Fonte:O Diário de Mogi