quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Sarney quer julgamento de forma isenta



O presidente do Senado, José Sarney, espera que o julgamento do mensalão seja sem pressão sobre os ministros / Foto Divulgação


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse hoje (1º) esperar que o julgamento do mensalão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) ocorra de forma "isenta", sem "pressão e emoção" sobre os ministros. Sarney afirmou que a Corte deve agir sem "influência política", como esperado na democracia.
"O que toda a nação está esperando é que seja um julgamento isento, justo e que atenda às expectativas nacionais, mas ao mesmo tempo que ele seja feito sem pressão e emoção. Acho que a Justiça é feita para não ter influência política nenhuma."
Sem entrar no mérito das denúncias de compra de votos, que derrubou em 2005 o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), Sarney disse que a Justiça é "impossível sem a democracia". "Isso significa justiça com independência e que ela possa julgar todos nós cidadãos baseada nas leis e nas garantias constitucionais."
O senador retomou hoje suas atividades no Congresso depois do recesso legislativo de julho, que terminou ontem. Sarney confirmou que o Senado vai trabalhar em esquema de "recesso branco", com apenas duas semanas de votações em agosto, uma em setembro e uma em outubro, em consequência das eleições municipais.
"Nossa decisão foi realmente não fazer sessão deliberativa [com votações] para que os senadores possam participar das campanhas nos Estados. Sabemos que a eleição municipal é a base de toda eleição. É aquela que o eleitor atira mais perto do candidato", afirmou.
Votações
Entre as prioridades do Senado no segundo semestre, Sarney citou a reforma do Código Penal -elaborada por uma comissão de juristas. O pré-projeto de mudança no código vai ser analisado por uma comissão especial de senadores, depois pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), e ainda pelo plenário da Casa.
"O trabalho feito pela comissão foi excelente. Não pode ter nunca uma obra perfeita e sempre sujeita a melhorias. E acho que ele terá melhorias aqui dentro. Mas na realidade é um código que modernizou a legislação penal brasileira." (Gabriela Guerreiro – Folhapress)


Fonte:O Diário de Mogi