sábado, 26 de maio de 2012

Saúde Industriários podem ter doenças crônicas


Pesquisa feita pelo Senai mostra que 60% das pessoas que trabalham em indústrias na região correm risco de desenvolver enfermidades incuráveis
Divulgação

Senai ouviu funcionários de indústrias na região e descobriram fatores de risco de doenças
No Dia da Indústria, comemorado ontem, a Diretoria Alto Tietê da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fi-esp/Ciesp) divulgou o resultado de um diagnóstico sobre a saúde do trabalhador realizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) nas empresas da região. A estatística acompanha a média do Estado e do Brasil, mas indica que, para ganhar mais competitividade, a indústria deve ampliar as ações voltadas para a saúde dos seus colaboradores. Segundo a pesquisa, 60,8% dos industriários do Alto Tietê apresentam três ou mais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como as cardíacas, vasculares e metabólicas.


"O investimento na saúde do trabalhador é fundamental hoje para a produtividade de uma empresa que deseja ser competitiva. Um trabalhador saudável falta menos no serviço e tem um desempenho melhor nas suas funções. A maioria das indústrias do Alto Tietê já está ciente desse diferencial e tem investido em programas de saúde, muitos deles com enfoque também nos familiares dos trabalhadores", ressaltou Werner Stripecke, diretor do Ciesp Alto Tietê.


"E, nesse ponto, por meio do programa Indústria Saudável, o Sesi tem dado um importante suporte para as indústrias associadas ao Sistema Fiesp/Ciesp, já que eles fazem, gratuitamente, o diagnóstico sobre a saúde e o estilo de vida dos trabalhadores. Com os resultados, a empresa pode focar as ações onde realmente é preciso", acrescentou.


Durante o segundo semestre de 2011, as unidades do Sesi de Mogi das Cruzes e de Suzano desenvolveram o programa Indústria Saudável com 3.562 trabalhadores das indústrias do Alto Tietê, a maioria homens (82,9%), na média de 32 anos e com ensino médio completo.


Desses 3.562 trabalhadores avaliados, 11,2% relataram problemas na coluna; 8,4% apresentaram quadro de hipertensão; 5,6% de tendinite ou Lesão por Esforço Repetitivo (LER); 2,8% de depressão; 2,2% de diabete; e 1,7% de doença renal.


Durante as avaliações dos especialistas do Sesi, foi constatado, ainda, que 37,7% dos trabalhadores da indústria do Alto Tietê apresentam pré-obesidade e 16% já estão obesos.


Com relação ao estilo de vida não saudável, os números são preocupantes. A maioria (52,1%) dos trabalhadores não pratica atividades físicas, 69,1% deles não consomem verduras e frutas diariamente e 63,4% ainda ingerem refrigerantes mais de três vezes por semana. Os fumantes representam 9,6% dos industriários e o consumo de bebidas alcoólicas em excesso faz parte da vida de 1,2% deles. Nesse quesito, o Alto Tietê está abaixo da média estadual (1,8%) e nacional (2,8%).


O programa Indústria Saudável pode ser solicitado por qualquer indústria que seja contribuinte do Sesi pelos telefones 4727-1777 e 4741-1661.


Fonte:Mogi News