sábado, 26 de maio de 2012


"Quadrilátero do pecado"
Prostíbulos ainda geram queixas
Segundo denúncias, estabelecimentos apontados como casas de prostituição continuam em pleno funcionamento
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Nepomuceno: fiscalização
Comerciantes que trabalham na região conhecida como "quadrilátero do pecado" (ruas no entorno da praça Osvaldo Cruz, no centro de Mogi das Cruzes) reclamam que mesmo com as licenças de funcionamento cassadas pela Prefeitura, os estabelecimentos comerciais apontados como casas de prostituição continuam em pleno funcionamento.


Na quinta-feira, a administração municipal publicou dois editais que proibiram as atividades em dois endereços: ruas Professor Flaviano de Melo, 670, e Coronel Souza Franco, 34. 
Apesar da proibição, comerciantes, que não quiseram se identificar com medo de represálias, garantem que os imóveis continuam sendo visitados por "clientes". "Eu escuto o som alto e o barulho de pessoas conversando", contou uma das denunciantes. "A frequência de homens na porta e o entra e sai de mulheres continua a mesma coisa. A quantidade de pessoas que chegavam tinha diminuído, mas de alguns dias pra cá voltou a ficar como antes", descreveu o proprietário de um estabelecimento comercial.


A equipe de reportagem foi verificar as informações na tarde de ontem. O imóvel localizado na Flaviano de Melo estava fechado e nenhuma movimentação foi notada. Um cadeado com corrente no portão dava mostras de que, ao menos durante o período em que equipe esteve no local, o lugar estava vazio. 
O cenário era diferente no imóvel acusado de promover prostituição na Lourenço de Souza Franco. O portão estava aberto. Na porta de entrada havia a mensagem: "Tocar a campainha". Nenhuma pessoa foi vista entrando ou saindo. 
O secretário municipal de Segurança, Eli Nepomuceno, informou que acionará a Polícia Militar para verificar as denúncias. "De posse destas informações vamos adotar medidas, juntamente com polícia, para garantir o cumprimento da decisão de impedir o funcionamento", disse.


O fechamento dos prostíbulos ocorreu após o Mogi News revelar como funcionava o esquema de prostituição na cidade. A reportagem motivou uma operação conjunta entre a Prefeitura e o Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), realizada em 27 de abril, que terminou com nove casas suspeitas fechadas. 
De acordo com o secretário, dos estabelecimentos lacrados na ocasião, apenas dois eram licenciados, porém, o desvio do objeto da licença foi caracterizado, isto é, eles exerciam uma atividade diferente daquela que constava no documento.


Fonte: Mogi News