quarta-feira, 21 de março de 2012

Pacientes organizam caravana Luana Nogueira


Da Reportagem Local
Erick Paiatto
 
Teresinha: "Queremos resolver"
Pacientes do Hospital do Câncer, além de seus familiares e voluntários, organizaram uma caravana para acompanhar a explicação do médico oncologista Flávio Isaías Rodrigues, na Assembleia Legislativa, em São Paulo. Participaram da ação cerca de 90 pessoas. A intenção dos membros era prestar solidariedade e apoio ao médico e tentar garantir que o atendimento de oncologia continue sendo prestado pela unidade. 
Grande parte dos pacientes se trata há anos no hospital. Todos eles destacaram a importância de contar com o centro médico e poder receber o atendimento em uma unidade da cidade. Segundo eles, o objetivo da caravana era fortalecer a luta pela permanência do atendimento no hospital. O local corre o risco de ser descredenciado pelo Ministério da Saúde desde que a Secretaria Estadual da Saúde elaborou um relatório que apontou uma série de irregularidades na unidade.


A aposentada Maria Catarina Assis Miranda, de 58 anos, contou que além de voluntária do hospital, faz tratamento no local. "Esperamos que esta situação seja esclarecida porque este serviço não pode parar. É muito complicado ter de ir até São Paulo fazer o tratamento. Depois da quimioterapia, passamos muito mal e é ruim voltar nestas condições", afirmou. Ela trata um câncer de mama.


A qualidade do tratamento recebido no Hospital do Câncer é outro aspecto apontado. "O povo precisa deste lugar, principalmente as pessoas mais humildes. Vou à Assembleia para tentar devolver tudo o que fizeram por mim aqui. Tive toda estrutura necessária para me tratar no hospital, gratuitamente, porque o meu convênio não cobriu o tratamento", contou a vendedora Teresinha da Costa Saraiva, de 62 anos. 
A dificuldade de realizar o tratamento em outro hospital por causa da distância é apontada pelos pacientes como um dos principais motivos da movimentação para garantir a permanência do atendimento no município. "Queremos resolver esta situação. Muitas pessoas estão espalhando boatos e queremos esclarecer isso. Faço o tratamento desde 2002, sempre fui bem tratada. Só quem fez o tratamento sabe como é dolorido e desconfortável. A situação fica pior se for de ambulância daqui para São Paulo, é preciso ficar o dia inteiro lá, sem ter condições de se alimentar. O paciente vai fica até mais doente se isso acontecer".


Fonte:Mogi News