Deputados ouviram ontem o médico Flávio Isaías e querem detalhes das investigações feitas pelo Estado
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Divulgação
O médico Flávio Isaías Rodrigues prestou esclarecimentos sobre a auditoria que apontou possíveis irregularidades no Hospital do Câncer ontem, aos deputados estaduais
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou um requerimento que convida a Diretoria Regional de Saúde (DRS 1) a explicar aos deputados estaduais, o relatório preliminar elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde sobre o Centro Oncológico de Mogi das Cruzes. O documento, divulgado com exclusividade em fevereiro pelo jornal Folha de S. Paulo, aponta irregularidades no atendimento pela rede SUS de pacientes com câncer. Desde então, a unidade, que nega as acusações, tenta solicitar nova auditoria para impedir que o hospital seja descredenciado. O anúncio foi feito após o presidente do Centro Oncológico e do Hospital do Câncer, Flávio Isaías Rodrigues prestar esclarecimentos à comissão de saúde durante audiência no plenário Teotônio Vilela.
Depois da votação dos projetos e requerimentos previstos na pauta do dia, o médico Flávio Isaías e Álvaro Rodrigues, além de outros especialistas, falaram sobre o funcionamento da unidade. A mesma explicação já tinha sido dada quando a comissão de saúde visitou a unidade em Mogi das Cruzes. Pacientes atendidos em Mogi das Cruzes também foram à Capital falar sobre o atendimento. Todos defenderam a unidade.
Ao visitar o hospital, há cerca de 20 dias, o presidente da Comissão, deputado Marcos Martins (PT) e Luiz Carlos Gondim (PPS) presenciaram uma realidade diferente da relatada pelo governo.
Outros parlamentares sugeriram a realização de uma nova auditoria, além de oficializarem o convite à DRS 1, para explicar o relatório preliminar que foi divulgado em fevereiro.
A Comissão de Saúde não votou pela instauração de uma CPI, como era a expectativa do presidente do hospital.
O relatório da Secretaria de Saúde do Estado acusa o hospital mogiano de ter fraudado o SUS em até R$ 20 milhões nos últimos dois anos, entre outras irregularidades. O Estado chegou a cogitar denunciar a unidade ao Ministério Público de São Paulo, para solicitar o descredenciamento. O Centro Oncológico já apresentou defesa, e aguarda avaliação e resposta da secretaria.
A Secretaria de Estado da Saúde, por sua vez, reforçou por meio da assessoria de Imprensa, que não deixará os pacientes na mão e deve colocar outro serviço à disposição, provavelmente, no Hospital Luzia de Pinho Melo. O relatório preliminar da auditoria realizada no Hospital do Câncer ainda não foi concluído.
Fonte:Mogi News
