sexta-feira, 16 de março de 2012

Ação no Centro orienta mogianos



sucesso Em duas horas, 150 pessoas buscaram atendimento no Procon com dúvidas diversas, mas superendividamento lidera os casos


DANILO SANS
Para comemorar o Dia Mundial do Consumidor, o Procon de Mogi das Cruzes realizou em parceria com a Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) uma ação para orientar clientes e também comerciantes sobre dúvidas na hora de comprar e vender. O projeto "Procon na Praça" aconteceu ontem no Largo do Rosário e teve como objetivo atender a 200 pessoas. Somente até o início da tarde, 150 atendimentos já haviam sido realizados. Hoje, o órgão retoma o plantão de dúvidas na praça de eventos do Mogi Shopping, das 10h às 16h.


O vice-presidente da ACMC, Marco Antonio Nogueira Zatsuga, fala que as principais dúvidas dos comerciantes estão relacionadas aos parcelamentos das mercadorias e a cobrança de juros. "O empresário pode acabar infringindo o Código de Defesa do Consumidor por desconhecimento, trazendo prejuízos para ele mesmo. Não é raro que o comerciante também procure o Procon para tirar suas dúvidas, e é também para isso que estamos com essa parceria", fala.


Conforme explica o coordenador do Procon de Mogi das Cruzes, Isidoro Dori Boucault Netto, o principal objetivo da ação é "equilibrar as relações de consumo". Além de informações, cartilhas foram distribuídas a quem foi procurar auxílio. "Eu sempre falo que o Procon e a Associação Comercial trabalham de maneiras parecidas para atender bem o consumidor. Aqui, o comerciante tira duas dúvidas, assim como o cliente. Se esse tipo de ação se repetisse em todo Brasil, tenho certeza de que muitos problemas seriam evitados", fala. "Por incrível que pareça, ainda tem gente que me pergunta se é preciso colocar preços em produtos nas vitrines", diz.


O aposentado Antonio Romão, de 70 anos, teve problemas com a compra de óculos e não hesitou em pedir orientações. "Não estou conseguindo me acostumar com as lentes. O pessoal da ótica diz que eu tenho que me adaptar, mas eu não consigo nem ler o nome do ônibus na rua. A loja me atendeu muito mal e vim aqui para saber como faço para trocar a mercadoria", conta.


O atendimento levou cerca de 10 minutos, tempo suficiente para que a atendente entrasse em contato com a ótica e deixasse nas mãos do aposentado uma indicação para procurar a gerente da loja. "Eu acho chato esse tipo de tratamento, eu já tenho 70 anos, pago minhas contas direitinho e acho que tenho meus direitos. Voltarei na loja com o papel do Procon e acho que vou resolver. Uma outra vez, eu tive problemas com um celular e também só foi resolvido depois que acionei o Procon", lembra.


A ação não orientou somente a consumidores. O comerciante Reinaldo da Silva Lopes Junior, de 44 anos, aproveitou para tirar uma dúvida que o preocupava. "Muitos clientes chegam na loja e querem trocar mercadorias sem a nota fiscal. Na negativa, eles sempre ameaçam procurar o Procon", conta. Informado de que a troca não é obrigatória nesses casos, o comerciante comemora: "Agora vou ficar mais tranquilo, quando acontecer novamente, eu mesmo vou falar para procurarem o Procon", conclui.


Fonte:O Diário de Mogi