quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Vigilância Sanitária Falta de higiene é principal motivo de multa na cidade


No ano passado, departamento da Secretaria de Saúde emitiu 334 autos de infração
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Mayara de Paula

Débora: "A falta de higiene em alguns locais é muito grande". Fiscalização não dá trégua
De cada dez estabelecimentos comerciais vistoriados semanalmente por técnicos da Vigilância Sanitária Municipal, ao menos três apresentam alguma irregularidade, seja na falta de higiene no preparo ou manipulação dos alimentos, acondicionamento, seja na comercialização de produtos vencidos. 
As informações são da nutricionista da Prefeitura de Mogi, Débora Iolanda Cardoso dos Santos. Segundo ela, de janeiro a dezembro de 2011, o departamento da Secretaria Municipal de Saúde emitiu 334 autos de infração, dos quais 230 foram para estabelecimentos comerciais que trabalham com preparo ou comercialização de alimentos. Daqueles que foram punidos, sete acabaram multados e tiveram de ser interditados num período de três meses e estão em risco de perder a licença de funcionamento. 
O nome e o endereço dos estabelecimentos que tiveram de ser fechados, assim como o valor das multas aplicadas não foram divulgados pela Prefeitura, porém, segundo a nutricionista Débora Iolanda, grande parte das autuações foi direcionada a donos de padarias, lanchonetes, supermercados e restaurantes. "A falta de higiene em alguns desses locais é muito grande e coloca em risco a saúde dos consumidores. Para se ter ideia, no fim do ano passado, foi realizada a tradicional operação ´Boas Festas´ em cem estabelecimentos que costumam ser utilizados como locais de confraternização, como lanchonetes, pizzarias e restaurantes. Dos locais visitados, 45 tinham problemas de higiene e por isso os técnicos emitiram auto de infração. Desses, sete eram reincidentes ou apresentaram infrações gravíssimas e acabaram interditados", reforçou a nutricionista.


A falta de higiene seja no ambiente ou na manipulação de ambientes pode levar a graves problemas de saúde. "É a chamada contaminação cruzada, em que a pessoa utiliza um utensílio ou objeto contaminado e que depois passa para o alimento. Ou seja, a pessoa pode sofrer intoxicação alimentar, com diarreia, vômitos, com falta de higiene na manipulação ou preparo e não necessariamente em razão de um produto vencido", explica.


Durante o ano de 2011, houve um caso de surto de intoxicação alimentar. "Foi um caso encaminhado pelo posto de saúde, em setembro do ano passado, de uma empresa de grande porte que tem cozinha industrial, mas que por alguma razão registrou problemas de intoxicação em 60 de seus funcionários. Na época, ao visitar a empresa, foi observado que se tratava de uma questão de saúde trabalhista, que havia alguns pontos a serem solucionados, entre os quais a reforma nos banheiros, que permitiria maior higiene aos trabalhadores. O caso ainda está sendo investigado, porém, após tomadas algumas medidas por parte da empresa, não houve mais problemas", detalha Débora Iolanda. 


Ranking
Em segundo lugar no ranking de autuações emitidas pela Vigilância Sanitária estão empresas de metalurgia, marcenaria ou escritórios, que receberam 33 autuações no decorrer do ano passado. As residências com focos do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, aparecem em terceiro lugar: de janeiro a dezembro de 2011 foram aplicadas 27 autuações e durante o mês de janeiro último quatro penalidades a dono de imóveis que tinham criadouros do mosquito da dengue.


Fonte:Mogi News