MARA FLÔRES
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a Santa Casa tem sido alvo de vistorias constantes da Vigilância Sanitária e, em 2011, pelo menos 12 avaliações técnicas foram feitas no hospital, onde em 2009 um surto de infecção hospitalar provocou a morte de 11 bebês. Além de advertências, uma dessas vistorias resultou na aplicação de multa pelo fato de a Santa Casa não manter um responsável técnico de enfermagem para cada dois leitos, por turno, na UTI Neonatal. Segundo apurado por O Diário, a infração custou cerca de R$ 8 mil à casa de saúde.
Na última vistoria, feita na segunda-feira passada, os técnicos da Vigilância Sanitária constataram o uso de equipamentos com manutenção preventiva e corretiva vencida; a falta de manutenção na área física; o não cumprimento do manual de normas e rotinas da UTI Neonatal; o não cumprimento dos procedimentos operacionais padrão no que diz respeito à limpeza terminal e concorrente; e o não cumprimento integral do manual de higiene e limpeza.
As irregularidades, segundo confirmação da Secretaria de Estado da Saúde, são recorrentes e, por isso mesmo, resultaram na aplicação de quatro – e não um como a princípio se entendia – autos de infração. Como previsto em legislação, a Santa Casa tem 10 dias (o prazo vence no final da próxima semana) para apresentar recursos em cada um dos autos. Se os recursos não forem deferidos, a Vigilância Sanitária irá estipular multas.
Desculpa
Na última quinta-feira, o provedor da Santa Casa, Mário José Calderaro, descartou a existência de problemas apontados anteriormente pela Vigilância Sanitária quanto ao Berçário. Ele informou, ainda, que as irregularidades que deram origem aos autos de infração serão avaliadas "item a item" e que a defesa do hospital será protocolada já no início da próxima semana.
O provedor comunicou, ainda, que os três bebês que contraíram a infecção bacteriana já foram transferidos do isolamento para a UTI.
Fonte:O Diário de Mogi
