sábado, 7 de janeiro de 2012

Fora de perigo Famílias deixam área de risco à margem de rio


Já foram retiradas 56 famílias da beira do rio Jundiaí e sete estão com problemas de documentação
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Prefeitura de Mogi está removendo famílias que vivem em áreas de risco para unidades habitacionais
Pelo menos 56 famílias já deixaram as margens do rio Jundiaí, em Jundiapeba. Segundo informações do secretário municipal de Segurança, Eli Nepomuceno, outras sete famílias serão retiradas em breve. Este número faz parte da primeira etapa de desocupação da área, que possui 411 famílias em situação de risco. Todas as pessoas que saírem do local serão contempladas com apartamentos do programa federal de habitação Minha Casa, Minha Vida.


Nepomuceno informou que até dezembro, 280 apartamentos foram entregues na cidade. Deste total, 78 foram direcionados para famílias de área de risco. As pessoas beneficiadas moravam às margens do rio Jundiaí e na favela do Cisne. "Já foram retiradas 56 famílias da beira do rio Jundiaí e sete estão com problemas de documentação, que devem ser resolvidos nos próximos dias. Outras 15 vieram da favela do Cisne", explicou. Ele acrescentou que mais 23 famílias da favela do Cisne e outras 355 deverão ser beneficiadas pelas próximas entregas de unidades do Minha Casa, Minha Vida na cidade.


Para evitar que novas ocupações ocorram nos locais de onde as famílias já foram retiradas, a Prefeitura faz um trabalho de demolição das casas. Além disso, existe a fiscalização da área. "Esta fiscalização existe desde que as famílias foram cadastradas no programa. No entanto, agora, estamos intensificando este trabalho para evitar reocupação das áreas", esclareceu o secretário. Ele afirmou que para evitar problemas com alagamentos e enchentes, a Prefeitura trabalhou entre abril e novembro com serviços de limpeza dos rios e com outras medidas preventivas.


A dona de casa Zeneide Vieira Cavalcante, de 47 anos, será uma das pessoas retiradas das margens do rio. "Moro com meu marido e mais dois filhos. A Prefeitura ainda não me deu um dia exato para sair daqui, mas eles disseram que será em breve. Fico muito feliz por deixar o local, morar perto do rio é muito perigoso", contou.


No entanto, não foram todas as pessoas que ficaram satisfeitas com a notícia da desocupação. "Tenho um comércio e sobrevivo dele. Não quero ir para um apartamento, que é bem menor que a minha casa, com o meu marido e filhos. Estou aqui, mas não sei até quando. Se a Prefeitura vier me tirar, vou ter de sair", disse Salvadora Rodrigues, 40, comerciante.


Fonte:Mogi News