Alexandre Barreira
O secretário municipal de Saúde, Paulo Villas Bôas de Carvalho, destacou que este será o foco principal da Administração Mnicipal nesta área este ano. "É preciso fazer algum trabalho mais forte voltado à saúde mental e à questão dos dependentes químicos. Estamos com este planejamento em andamento e creio que entre o final de fevereiro e o início de março já tenhamos, de fato, concretizado isso", explicou.
Carvalho reconheceu que a situação de dependentes químicos, especialmente dos usuários de crack, é extremamente complicada. Ele também frisou o avanço que o setor de Saúde de Mogi conquistou com a criação do Ambulatório Municipal de Saúde Mental, que recebe em média 50 pacientes por dia, entre consultas com psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais, entrega e aplicações de medicamentos.
O secretário destacou ainda que o Conselho Municipal Sobre Drogas, cogitado para ser criado ainda no ano passado, deverá, enfim, sair do papel. De acordo com ele, foram realizadas três reuniões e o planejamento e a forma de trabalho ainda estão sendo estudadas, inclusive com negociações entre Município e os governos estadual e federal para que o órgão seja efetivamente criado.
"É preciso buscar alternativas para que estas pessoas possam ter um tratamento digno. E isso envolve toda a sociedade e não apenas a pessoa que está com o problema", afirmou.
O vereador Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho, o Chico Bezerra (PSB), integrante da Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal, destacou que pretende intensificar o trabalho de busca para criação de uma clínica destinada a dependentes químicos na Cidade.
O parlamentar, que pretende retornar à presidência da Comissão de Saúde do Legislativo, disse que vai pressionar o Governo do Estado para que a promessa de implantação de uma clínica regional para tratamento de dependentes químicos em Mogi seja concretizada.
"Se for necessário vamos cobrar até o Governo Federal. Esta clínica tem que ficar pronta o mais rápido possível. O uso de bebidas alcoólicas e drogas está crescendo cada vez mais, principalmente entre os jovens", destacou.
Chico Bezerra disse que um dos primeiros passos como presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara - posto que voltará a ocupar depois de dois anos - é realizar um grande debate sobre o tema. "É preciso, dentro da discussão deste assunto, encontrar soluções a curto e médio prazo para resolver o problema da dependência química, não apenas no tratamento do dependente, mas na criação de políticas públicas para se evitar que ele chegue a este estágio", afirmou.
Fonte:O Diário de Mogi
