sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Prefeito promete zerar o déficit

DANILO SANS

Marco Aurélio Bertaiolli
Das quase 5 mil crianças de seis meses a cinco anos que aguardavam vagas em creches no início do ano, 750 ainda continuam sem matrícula, de acordo com o prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD). A meta da Administração Municipal é zerar a demanda de dezembro até a virada do primeiro semestre de 2012. O anúncio foi feito durante a cerimônia de assinatura da ordem de serviço da reforma e ampliação da Escola Municipal de Educação Especial (Emesp) Professora Joveita Franco Arouche, na Vila Lavínia.


"Todas as cidades no Brasil do porte de Mogi das Cruzes têm altos índices de falta de vagas na educação básica. Nós optamos por acabar com isso e estamos desenvolvendo para o Município um projeto audacioso, que assumi para o meu mandato", fala.


Além das 20 creches já entregues, a Prefeitura deve entregar ainda mais 11 entre janeiro e fevereiro e outras 9 entre junho e julho de 2012. "A creche preconizada pelo Plano Nacional de Educação requer apenas unidades de meio período. Se as colocássemos desta forma, já não faltaria nenhuma vaga em Mogi", destaca Bertaiolli. A explicação, de acordo com ele, é simples: "se hoje a gente está chegando aos 15 mil alunos em educação infantil em período integral, a solução mais fácil seria colocar todos em meio período que automaticamente conseguiríamos dobrar o número de vagas e resolveríamos o problema, mas a gente quer beneficiar também aos pais, que precisam trabalhar e não teriam onde deixar seus filhos".




Emesp


A obra para ampliação da Emesp Professora Jovita Franco Arouche deve custar R$ 984.868,78. Será construído um novo prédio administrativo e para atendimento médico da unidade.


No térreo do novo prédio, que será construído no mesmo terreno onde já funciona a escola, funcionará a diretoria, secretaria, sala dos professores, sala de artes, sala multiuso, sanitários e depósito. Já no pavimento superior, será feito o atendimento de pediatra, dentista, sala de aferição, psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista e fisioterapeuta.


Haverá um jardim sensorial e readequação de mais duas salas de aula e uma cozinha experimental no prédio antigo, além de revisão no sistema hidráulico e elétrico, e pintura.


A escola atende 210 alunos com paralisia cerebral, cadeirantes, autistas, pessoas com síndrome de asperger, psicóticos, esquizofrênicos, entre outros tipos de deficiências mentais, com prioridade ao atendimento de educação infantil e primeiros anos do ensino fundamental de alunos já com matrícula ativa na rede regular de ensino.


A ampliação do prédio já é uma solicitação antiga de funcionários e usuários da Emesp. "Faz muito tempo que o prédio precisa de uma modernizada. A gente espera por isso há pelo menos 20 anos", conforme fala o aposentado Joaquim Mamed da Silva, de 82 anos, que matriculou o filho na época de inauguração do colégio, há 24 anos.


A dona de casa Maria Conceição dos Santos Silva, de 58 anos, que mantém a filha de 29 anos na escola, fala da felicidade em ver as modificações no prédio que há muito tempo serve à família. "Ela está aqui desde que tinha cinco anos, muita coisa mudou mas não houve nenhuma ampliação desde então. Foi aqui que ela começou a andar e a falar", lembra.


Já o preparador de máquinas Célio Roberto da Silva, 41 anos, pai do pequeno Gabriel Roberto da Silva, de 6 anos, aponta os benefícios de ter matriculado o filho na unidade, há 3 anos: "Quando descobrimos que ele era autista, ficamos desesperados, sem saber o que fazer. Agora ele já começa a ler e a escrever e no próximo ano já poderá ser matriculado em uma escola regular".


Fonte:O Diário de Mogi